20 de Setembro de 2024

Términos amorosos na juventude podem impactar estudos e causar luto intenso


Um estudo feito pela Universidade Stellenbosch e publicado originalmente na revista The Conversation os rompimentos amorosos na vida de jovens adultos podem ser traumáticos. 

A idade adulta 'emergente' — entre 18 e 25 anos — é um estágio crítico no curso da vida, especialmente para o desenvolvimento da identidade. Os adultos emergentes não são nem adolescentes dependentes nem adultos independentes. Essa fase é também marcada pelo desenvolvimento do cérebro e formação das áreas associadas ao funcionamento cognitivo e emocional. Esse funcionamento ajuda o indivíduo a planejar, monitorar e executar suas metas.

Diante de toda essa formação, os jovens adultos passam por diversos dilemas da vida nessa fase, onde é necessário escolher questões profissionais e educacionais e claro, amorosas. Assim, um rompimento de um relacionamento amoroso pode ser de grande impacto. Depois de um rompimento, as pessoas podem apresentar desempenho acadêmico inferior, pensamentos intrusivos sobre o ex-parceiro e luto intenso.

Uma das questões que podem tornar a situação mais traumática, de acordo com a pesquisadora Alberta SJ van der Watt, é que os rompimentos entre os jovens é constantemente banalizado e visto como um rito de passagem, mas deve ser levado a sério.

Os pesquisadores testaram a ideia de que as separações podem ser consideradas um evento potencialmente traumático com base na definição do Manual Diagnóstico e Estatístico (DSM-5), que classifica os níveis de transtorno de estresse pós-traumático.

A pesquisa foi feita com mais de 2 mil voluntários, que foram divididos em três grupos. No primeiro, 886 participantes que endossaram sintomas de estresse pós-traumático com base em sua separação mais traumática foram classificados para o Grupo 1 (grupo de separação).

O Grupo 2 (grupo de trauma) ficou com 592 participantes que endossaram sintomas de estresse pós-traumático com base em um evento traumático definido pelo DSM-5, como, agressão física e sexual. E 44 participantes que apresentaram sintomas de estresse pós-traumático com base em sua experiência mais estressante (por exemplo, mudança de residência ou divórcio dos pais), ficaram no Grupo 3 (grupo de controle).

Os cientistas fizeram um questionário com um subconjunto de alunos de cada um dos três grupos e realizou exames cerebrais para descobrir quais áreas do cérebro foram ativadas em resposta aos estímulos das perguntas.

Trinta e seis participantes do Grupo Um (grupo de separação) classificaram fotos de seus ex-parceiros; 15 participantes do Grupo Dois (grupo de trauma), que indicaram especificamente agressão física ou sexual como seu evento mais traumático, classificaram fotos de agressão física ou sexual; 28 participantes do Grupo Três (grupo de controle) avaliaram imagens negativas gerais (como crianças brincando em água poluída).

Os voluntários tiveram a ativação cerebral (aumento do fluxo sanguíneo) analisada. Os pesquisadores notaram níveis de ativação semelhantes quando os participantes do grupo de separação avaliaram imagens de seus ex-parceiros e quando os participantes do grupo de trauma avaliaram imagens de agressão física e sexual.

Os participantes do grupo de separação tiveram maior resposta emocional ao rompimento influenciada por questões como sexo, orientação sexual e religião. Especificamente, os participantes com orientação sexual minoritária e que relataram não ser religiosos relataram níveis mais altos de angústia na separação.

Os resultados mostram aos pesquisadores que rompimentos amorosos podem ser eventos potencialmente traumáticos para jovens adultos e podem ser vivenciados como uma ameaça à saúde mental. Por isso, a pesquisadora Alberta SJ van der Watt conclui que validar experiências de rompimentos como potencialmente traumáticas pode amortecer seus impactos negativos.

A pesquisa sugere que o tratamento focado no trauma, como a terapia de exposição prolongada, pode ajudar os alunos, especialmente àqueles que não conseguem evitar sinais relacionados à separação, como ver seus ex-parceiros em sala de aula ou nas mídias sociais.

Fonte: correiobraziliense

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