Segundo Anna Carolina Gouveia, economista da FGV Ibre, após recuo no mês anterior, a confiança do consumidor voltou a subir influenciada tanto pela melhora da percepção sobre a situação atual quanto pelas expectativas para os próximos meses.
“Esse resultado foi impulsionado, principalmente, pelas faixas de renda mais baixas. Em médias móveis trimestrais, a confiança dos consumidores reflete certa estabilidade e uma melhora tímida na média do segundo trimestre com relação ao trimestre passado”, disse a economista.
Gouvea ressaltou que os resultados refletem a dificuldade em alcançar níveis mais satisfatórios de confiança. “E também parecem estar vinculados às limitações financeiras das famílias e às taxas de juros elevadas, evidenciadas pelos indicadores de situação financeira atual e de intenção de compra de duráveis, que apesar da melhora no mês, se mantém em níveis pessimistas”, afirmou.
Os dados apontam ainda uma melhora nas avaliações sobre o momento na percepção sobre as finanças pessoais das famílias, em que o indicador avançou 2,2 pontos, para 71,5 pontos, maior nível desde novembro de 2023 (73,6 pontos). No sentido contrário, apenas o índice que mede a percepção sobre a economia local variou negativamente, em 0,3 ponto, para 92,0 pontos.
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