Os franceses votam neste domingo (30) no primeiro turno das eleições legislativas antecipadas que poderão levar ao poder o partido de extrema direita de Marine Le Pen pela primeira vez na história e mudar o rumo da França.
Quase 50 milhões de pessoas são convocadas às urnas. As assembleias de voto abriram neste domingo na França metropolitana às 08h00 (03h00 no horário de Brasília), depois de residentes franceses no exterior e em territórios ultramarinos terem começado a votar no dia anterior.
Às 12h00 locais, a participação registrou um aumento significativo, para 25,9%, face aos 18,4% no mesmo horário de 2022, segundo o Ministério do Interior.
As primeiras estimativas do resultado do primeiro turno serão anunciadas a partir das 20h00 (15h00 no horário de Brasília), no encerramento das últimas assembleias de voto.
A principal incógnita é se o partido de extrema direita Reagrupamento Nacional (RN) vencerá as eleições, como indicam as pesquisas e, sobretudo, se conseguirá a maioria absoluta.
O resultado final será anunciado após o segundo turno marcado para 7 de julho.
"Estas não são eleições fáceis, os resultados são muito incertos, as repercussões podem ser graves para a sociedade", disse à AFP Julien Martin, arquiteto de 38 anos de Bordeaux, no sudoeste.
A chegada da extrema direita ao poder, pela primeira vez desde a libertação da França da ocupação da Alemanha nazista em 1945, acrescentaria um novo país à União Europeia (UE) governado por esta tendência, como a Itália.
Poderia enfraquecer a política de apoio à Ucrânia do presidente francês Emmanuel Macron. Embora o partido de Le Pen, cujos detratores a consideram próxima da Rússia de Vladimir Putin, assegure que apoia Kiev, já deixou claro que quer evitar uma escalada com Moscou.
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