Uma mulher foi encontrada morta dentro de uma píton na Indonésia.
As cobras raramente comem humanos, mas este é o segundo caso conhecido no último mês.
A mulher de 36 anos, chamada Siriati, havia desaparecido na terça-feira (2/7), após sair de casa para comprar remédios para o filho, segundo a polícia.
O seu marido, Adiansa, alertou as autoridades depois de ter encontrado os seus chinelos e outras roupas a 500 metros da sua casa, na aldeia de Siteba, na província de Sulawesi, na Indonésia.
Em declarações à BBC News Indonésia, o chefe da polícia regional, Idul, disse que o marido encontrou a píton viva e cortou a cabeça dela, depois abriu a barriga inchada do animal para ver os restos mortais da sua esposa.
No início de junho, uma mulher foi morta ao ser comida por uma píton de cinco metros de comprimento em outro distrito de Sulawesi.
A polícia aconselhou os moradores a sempre carregarem uma faca para casos de possíveis ataques de pítons na região.
Ambientalistas do Instituto Ambiental de Sulawesi pensam que existe uma forte correlação entre o desmatamento e esses ataques de animais.
O diretor da entidade, Muhammad Al Amin, disse à BBC News Indonésia que os impactos do desmatamento para mineração e plantações na região são cada vez mais evidentes: “A consequência é que quando esses animais ficarem sem comida, eles caçarão em áreas residenciais e até atacarão humanos diretamente."
O chefe da polícia local, Idul, disse que os moradores suspeitam que a píton estava à espreita no caminho por causa dos javalis, uma das presas das cobras. No entanto, os javalis raramente são encontrados na floresta.
Idul orientou as pessoas a não andarem sozinhas na área.
As pítons que matam pessoas na Indonésia são pítons reticuladas.
Elas podem atingir comprimentos de mais de 10 metros e são muito fortes.
Elas atacam em uma emboscada, envolvendo a vítima em torno de sua presa e a esmagando - apertando com mais força enquanto a vítima expira.
Em poucos minutos, a vítima sofre asfixia ou uma parada cardíaca.
As pítons engolem a presa inteira. Suas mandíbulas são conectadas por ligamentos muito flexíveis para que possam se esticar em torno de presas grandes.
Quando se trata de comer pessoas, um fator restritivo é o tamanho dos “ombros humanos porque não são dobráveis”, disse Mary-Ruth Low, oficial de conservação e pesquisa da Reserva de vida selvagem em Singapura e especialista em píton reticulada, à BBC em uma entrevista anterior.
“As pítons se alimentam quase exclusivamente de mamíferos”, salienta Low, embora ocasionalmente comam répteis, incluindo crocodilos.
Normalmente comem ratos e outros animais pequenos, disse ela, “mas quando atingem um certo tamanho é quase como se já não se preocupassem mais com ratos porque as calorias não valem a pena”.
"Em essência, elas podem ir tão longe quanto suas presas."
Isso pode incluir animais como porcos ou até vacas.
Fonte: correiobraziliense
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