Recife — Durante o segundo dia do Startup20, evento do G20 sobre inovação, tecnologia e sustentabilidade, foram discutidas soluções tecnológicas para combater as mudanças climáticas no Brasil. O fórum ocorre em Recife, capital de Pernambuco, nesta sexta-feira (5/7).
O evento recebeu Alessandra França, presidente do Banco Pérola; Lennon Medeiros, coordenador do eixo Environmental da Task Force de ESG; e Maurício Rodrigues, participante do eixo Social da Task Force da ESG.
Durante a conversa, os participantes debateram sobre soluções ambientais, uso da Inteligência Artificial para combater mudanças climáticas e como aliar as estruturas sociais com as naturais.
Os painelistas também abordaram a situação de calamidade pública vivenciada no Rio Grande do Sul, por conta das fortes chuvas. Lennon Medeiros alertou para a chance do fenômeno ocorrer novamente no estado e em outros locais do país.
“No Brasil, um projeto previu com quase 15 anos de antecedência o que iria acontecer no Rio Grande do Sul. Então a gente tem uma diversidade de problemas que fazem com que, o que aconteça no Rio Grande do Sul, seja uma catástrofe anunciada. A gente precisa que os cientistas sejam empoderados de ferramentas, mas que sobretudo o poder público escute esses cientistas e criem estruturas para que possam conter o avanço das mudanças climáticas”, ressaltou.
Lennon também alertou para a necessidade de ações para evitar o desmatamento na Amazônia. “A gente precisa imediatamente interromper o ciclo de desmatamento na Amazônia. Ela (Amazônia) chegou num ponto que, no ano passado, emitiu mais carbono do que de fato capturou. Isso influencia no aumento do calor”.
Para solucionar alguns desses problemas, o coordenador cita o uso da Inteligência Artificial como aliada. “A Inteligência Artificial pode ser uma aliada importante da Inteligência Natural para o processo de reflorestamento, de recuperação hídrica e de reconstrução da capacidade verde dos territórios. Acho que no final do dia, uma Inteligência Artificial que consiga prever cenários e entender quais são as dinâmicas sociais é uma inteligência que está a favor das necessidades da humanidade”, completou.
Alessandra França, presidente do Banco Pérola, abordou sobre a necessidade de mulheres em cargos de liderança e a maneira como as mudanças climáticas afetam mais as mulheres do que os homens. “Quando a gente tem um evento climático de grande proporção, as mulheres, por estarem na base da pirâmide, demoram mais para se recuperar economicamente. Então elas vão ser as mais afetadas porque não vão conseguir se reconstruir com rapidez” explica.
*A repórter viajou a convite da organização do evento Startup20
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