22 de Novembro de 2024

Terra registra 13º mês seguido com recorde de mais quente da história


O ano de 2024 registrou o mês de junho como o mais quente da história, superando o recorde anterior, de 2023. O anúncio foi feito pelo observatório europeu Copernicus. Segundo o relatório, junho completou a sequência de 13 meses de calor histórico. A instituição destacou ainda que, em consequência, a temperatura média global de julho de 2023 a junho de 2024, é a maior já vista, desde que começaram as medições.

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"Isso é mais do que uma raridade estatística e evidencia uma mudança importante e contínua em nosso clima", afirmou o diretor do observatório, Carlo Buontempo, após um mês marcado por fortes ondas de calor no México, China, Grécia e Arábia Saudita, onde mais de 1.300 pessoas morreram durante a tradicional peregrinação a Meca.

As chuvas ininterruptas, um fenômeno que os cientistas também relacionaram com o aquecimento do planeta, provocaram grandes inundações no Brasil, China, Quênia, Afeganistão, Rússia e França. Agora, no início de julho, o furacão Beryl devastou várias ilhas do Caribe e se tornou o primeiro de categoria cinco no Atlântico mais precoce já registrado.

"Ainda que essa série particular de extremos acabe em algum momento, nós estamos preparados para observar novos recordes sendo batidos à medida que o clima continua esquentando", reforçou Buontempo.

Os recordes de temperatura consecutivos coincidiram com o 'El Niño', um fenômeno natural que aquece as águas do Oceano Pacífico e que contribui com o aumento da temperatura mundial. "Foi um dos fatores que explicam o recorde de temperatura, mas não o único", declarou Julian Nicolas, cientista do Copernicus.

Oceanos fervem

O aquecimento dos oceanos também atingiu novos patamares, com quebras de recordes no Atlântico, Pacífico Norte e Índico. Em junho, as temperaturas da superfície do mar atingiram outro marco, foram 15 meses consecutivos de novos máximos.

Os oceanos cobrem 70% da superfície da Terra e absorvem 90% do calor adicional associado ao aumento das emissões de gases do efeito estufa. "O que acontece na superfície dos oceanos tem um grande impacto na temperatura do ar acima da superfície e também na temperatura média global", frisou Nicolas. 

 

Fonte: correiobraziliense

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