Um tribunal russo anunciou nesta terça-feira (9) que emitiu uma ordem de prisão contra a opositora em exílio Yulia Navalnaya, viúva de Alexei Navalny, acusada de "participação em um grupo extremista".
"Yulia Borisovna [Navalnaya] evitou a investigação preliminar, razão pela qual foi incluída na lista de pessoas procuradas", declarou a assessoria de imprensa dos tribunais de Moscou no Telegram.
O tribunal de Basmanny, na capital russa, também ordenou a prisão provisória da opositora, que mora no exterior.
A viúva de Navalny prometeu que assumiria a atividade política de seu marido, inimigo do presidente russo Vladimir Putin, após sua morte em uma prisão no Ártico, sob circunstâncias sombrias, em fevereiro de 2024.
Navalnaya pediu aos seguidores do marido falecido que não perdessem a esperança e continuassem denunciando o governo russo e a situação nas redes sociais.
Também criticou o mandado de prisão, afirmando em comunicado que "Vladimir Putin é um assassino e um criminoso de guerra. Ele deve ir para a prisão".
O ex-braço direito de Alexei Navalny, Leonid Volkov, que também está no exílio, comentou em tom de ironia sobre a decisão do sistema de justiça russo.
"Um belo reconhecimento da determinação de Yulia em continuar a luta de Alexei", escreveu ele na rede social X nesta terça.
A repressão na Rússia nos últimos anos levou à prisão dos principais opositores do país, e muitos dos que não foram presos foram forçados ao exílio.
Milhares de cidadãos russos também foram detidos por atos de protesto ou por criticarem a ofensiva de Moscou na Ucrânia, muito deles condenados a duras penas de prisão.
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