A carioca Ana Paula Romeiro relatou que foi vítima de hostilidade de um policial federal na área de imigração do aeroporto de Lisboa, em Portugal, por volta das 6h30 desta quarta-feira (10/7). Ela, o marido e o filho de 15 anos viajaram para a Europa para aproveitar as férias e tinham Genebra, na Suíça, como destino final. Ao Correio, Ana, que trabalha como assessora de imprensa no Rio de Janeiro, afirmou que essa é a décima vez que ela desembarca no continente europeu e que nunca tinha passado por um abordagem grosseira como a que recebeu.
"Sempre adorei Portugal, mas essa foi uma recepção terrível, uma experiência horrível. Para mim, isso é uma mancha que ficará. De coração, não tenho a menor vontade de voltar, porque se é assim que tratam as pessoas que vêm visitar, eu não tenho interesse, tem outros lugares do mundo para se ir", diz Ana Paula.
Segundo Ana, o policial começou a aumentar o tom de voz quando ele pediu a reserva de hotel e a família dela só tinha de Genebra. Ele também solicitou a passagem de volta, mas a brasileira demorou a encontrar. "A gente tem uma reserva em Genebra para três noites, porque a gente vai alugar um carro e vai sair viajando, sempre fizemos isso. A gente não faz as reservas todas com antecipação, explica Ana.
"Ele queria as passagens de volta e eu não estava achando, só que ele começou a gritar comigo, a dizer que se ele fosse no meu país ele teria que cumprir as regras e então eu também tinha que cumprir. Eu comecei a ficar nervosa porque eu não estava encontrando a passagem de volta. Chamei ele de moço e ele disse: 'moço não! Policial' Ou seja, usou toda a autoridade pra nos humilhar", emenda.
"Ele foi muito hostil, agressivo, rude o tempo todo. Todas as pessoas ao redor olharam, como se a gente fosse ilegal. Que isso não aconteça mais, porque obviamente tem a ver com o fato de sermos brasileiros", acrescentou a carioca.
O Correio tenta contato com a polícia de Portugal para pedir um posicionamento sobre a abordagem que os brasileiros receberam, mas até a publicação desta matéria o jornal não obteve retorno. O espaço segue aberto para eventual manifestação.
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