A taxa de câmbio foi um dos principais problemas enfrentados por 19,6% das empresas industriais. Segundo a pesquisa Sondagem Industrial, divulgada nesta sexta-feira (19/7) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a questão passou da 17ª para a 4ª colocação no ranking de preocupações da indústria.
A elevada carga tributária segue em primeiro lugar, com 35,5% das assinalações; em segundo lugar está a demanda interna insuficiente, com 26,3% de assinalações; e em terceiro, a falta ou alto custo da matéria-prima, com 23,1%.
Os empresários também reportaram que o preço médio dos insumos aumentou de forma intensa e disseminada neste segundo trimestre. O índice saiu de 56,8 pontos para 61,3 pontos, maior patamar desde o segundo trimestre de 2022, quando a indústria enfrentou uma crise na cadeia de fornecimento por conta da pandemia da covid-19.
O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, afirma que a taxa de câmbio alta explica ao menos parte dessa percepção de maior pressão sobre os preços. “Por isso, o problema ganhou tanta importância entre os principais enfrentados pelos empresários”, destacou.
“Ao mesmo tempo, o alto custo da matéria-prima ganhou importância, se consolidando no terceiro lugar do ranking. É um cenário que acende um alerta, pois afeta a produtividade e a competitividade dos produtos brasileiros”, acrescentou Azevedo.
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