A Polícia Estadual de Illinois divulgou imagens de uma câmera corporal, na última segunda-feira (22/7), que mostram o momento da morte de Sonya Massey, 36 anos, mulher negra assinada por um policial dentro de casa após ligar para a emergência em Illinois, nos Estados Unidos.
No registro pode-se observar que a vítima não estava armada e se desculpou com o policial instantes antes de ser atingida por três disparos. O motivo do tiroteio foi o fato de ela estar segurando uma panela com água quente.
O policial que matou a mulher se chama Sean Grayson. Segundo a BBC, ele foi demitido da força policial e acusado de assassinato e má conduta oficial. Grayson se declara inocente.
O caso ocorreu em 6 de julho. Segundo informações da BBC, Sonya chamou a polícia para relatar uma suposta invasão de propriedade. Dois policiais responderam ao chamado na casa da vítima, em Springfield, a 322 quilômetros de Chicago.
Durante a abordagem, os oficiais solicitaram a Sonya um documento de identificação, e os três entraram na residência para procurá-lo.
O vídeo mostra que dentro da casa, o policial Sean Grayson vê uma panela sobre um fogão aceso, gesticula em direção a ela e diz: "Não precisamos de fogo enquanto estivermos aqui".
Sonya caminha até o fogão, no intuito de retirar a panela do fogão. Aparentemente, os policiais começam a rir da situação, e a mulher fala duas vezes: "Eu te repreendo em nome de Jesus".
Os agentes passam a acreditar que a mulher jogaria a panela neles, e ordenam que ela pare. “É melhor você não fazer isso ou juro por Deus que vou atirar na sua cara [palavrão]”, diz Grayson, que saca a arma.
Sonya pede desculpas e começa a se agachar para deixar a panela no chão. Até que o policial grita "largue a panela (palavrão)!" e três tiros são disparados.
"O que mais podemos fazer? Não vou levar água fervente [palavrão] no rosto [palavrão]", afirmou Grayson, depois de atirar. O colega dele tenta pegar o kit médico para socorrer a mulher, mas Grayson diz que não é necessário. "Ela está morta. Você pode ir buscá-lo, mas é um tiro na cabeça."
Em declaração feita na segunda-feira (22/7), o presidente Joe Biden afirmou que ele e a primeira-dama, Jill Biden, estavam orando pela família da vítima. "A morte de Sonya nas mãos de um policial nos lembra que, com muita frequência, os americanos negros temem pela sua segurança de maneiras que muitos de nós não tememos", disse Biden.
A vice presidente e provável candidata às eleições à Casa Branca, Kamala Harris também lamentou o ocorrido. ""As imagens perturbadoras divulgadas ontem confirmam o que sabemos pelas experiências vividas por muitos: temos muito trabalho a fazer para garantir que nosso sistema de justiça faça jus ao seu nome", escreveu Harris no X. Ela também afirmou que ao Congresso que aprovasse reformas policiais.
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