22 de Novembro de 2024

A força de Saturno: gigante gasoso expulsou cometa para fora do Sistema Solar


Um estudo publicado na revista da American Astronomical Society detalha como Saturno exerce uma grande influência dentro do Sistema Solar. Dois astrônomos detectaram o aumento da velocidade do Cometa A117uUD e passaram a tentar entender o fenômeno. E a principal suspeita dos cientistas é de que o cometa teve uma mudança na trajetória após passar próximo de Saturno, em 2022.

Os astrônomos Carlos e Marcus de La Fuente perceberam que, em 14 de junho de 2024, o Cometa A117uUD tinha sido avistado pela primeira vez pelo Sistema de Alerta de Impacto Terrestre de Asteroide (ATLAS). Ao longo de 31 dias, os astrônomos fizeram mais 145 observações do objeto, dando a eles uma boa imagem inicial da trajetória.

Depois de trabalharem os dados em computadores, com diversas simulações simultâneas, os astrônomos chegaram à conclusão de que o cometa está em uma "trajetória hiperbólica", o que significa que ele está se movendo a velocidades que permitirão que ele saia do Sistema Solar e entre no espaço interestelar.

No artigo publicado, os cientistas sugerem que o Cometa A117uUD teve uma mudança na trajetória após passar perto de Saturno dois anos atrás. Segundo os astrônomos, à medida que objetos menores se aproximam de um planeta, ocorre uma interação em que ocorre a desaceleração da órbita em troca de um aumento na velocidade do objeto. "O cometa teve um encontro muito próximo com Saturno em 2022, o que torna difícil reconstruir a órbita pré-encontro", explicou a equipe em seu artigo, embora eles acreditem que sua órbita anterior se assemelhava às de pequenos corpos que orbitam entre Júpiter e Netuno.

De acordo com Carlos e Marcus de La Fuente, tal fenômeno ocorreu com o Cometa C/1980E1, que foi colocado em um curso interestelar depois que passou por Júpiter em 1980. Tentando derivar as posições anteriores do Cometa A117uUD, a nova equipe acredita que Saturno é responsável por colocá-lo em um curso para fora do Sistema Solar. "Nossos resultados mostram que o caso do cometa A117uUD é semelhante ao do C/1980E1, desfavorecendo uma origem extrassolar para A117uUD", conclui a equipe. "O fato de que duas ejeções após o encontro planetário foram observadas em menos de 45 anos sugere que tais eventos são relativamente frequentes", concluem os cientistas.

Fonte: correiobraziliense

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