De acordo com o diretor, o maior problema para as contas públicas é a falta de investimento, tanto na ala privada, quanto na pública. “A gente fica discutindo sobre a árvore, enquanto deveríamos estar falando sobre a floresta. A baixa nos investimentos e o orçamento engessado vão causar um estrangulamento nas contas públicas em 2027. Não basta focar no consumidor para fazer a economia girar, o que constrói o futuro do país é a taxa de investimento, com a parceria público-privado”, argumentou.
Pestana lembrou ainda, no programa, que as taxas de investimento no Brasil sempre ficaram entre 20% e 24%, mas que o Brasil precisaria, este ano, de 25% de investimento para diminuir as dívidas. “São os investimentos em tecnologia e inovação que formam o Brasil. Não é o consumo que faz o desenvolvimento, são os investimentos estratégicos que fazem. Se não, o Brasil vai continuar pagando juros de dívida com mais dívida. Assim, vira uma bola de neve.”
Além disso, Pestana frisou que as despesas obrigatórias, aquelas que estão previstas na lei, como salário dos servidores e Previdência, estão espremendo as despesas discricionárias, aquelas em que o governo pode decidir quando e como gastá-las, como em investimentos no serviço de saúde, educação, entre outros.
“Tem uma compreensão da margem de manobra que o governo tem, e o investimento sai pelo ralo. O Brasil vai perdendo a perspectiva de construção do futuro com investimentos estratégicos, até chegar ao ponto de estrangular totalmente as contas públicas”, enfatizou.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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