Com decisão sobre juros nos Estados Unidos e no Brasil, a Super Quarta movimentou o mercado financeiro. No início da tarde, o Federal Reserve (Fed) — Banco Central dos EUA — comunicou a decisão de manter a taxa dentro da banda de 5,25% a 5,50% ao ano. “Nos últimos meses, houve algum progresso em direção à meta de inflação de 2% do Comitê”, pontuou, em nota, o Fed. Mesmo assim, o conselho do banco não indicou se haverá uma redução já na próxima reunião.
Diante disso, o câmbio do dólar comercial subiu 0,66% e atingiu R$ 5,65 nesta quarta-feira (31/7). O resultado ocorre em meio a uma desvalorização do real, já que o índice DXY, que mede a performance da moeda norte-americana em relação a outras moedas estrangeiras, registrou queda de 0,49% no mesmo dia.
Apesar da performance negativa do real, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa/B3) avançou 1,2% no dia e encerrou aos 127.651 pontos no último pregão de julho. No mês, a bolsa acumulou alta de 3,02%. Os ganhos foram puxados pela alta nas ações da Petrobras e Vale, que subiram 2,07% e 2,34%, respectivamente. Os papeis da WEG lideraram as negociações e tiveram alta de 10,47%.
O dia também foi marcado pela espera em torno da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que manteve a Taxa Selic no patamar de 10,50% ao ano. Para o sócio e diretor de análises da Levante Investimentos, Enrico Cozzolino, há expectativas de um novo corte de 0,25% na próxima reunião, com a melhora de dados sobre emprego e renda das famílias.
“É um cenário positivo, só que a volatilidade causada pelas eleições dos Estados Unidos, além da incerteza sobre direção tributária e perspectivas fiscais, mudaram um pouco este cenário, apesar de ser benigno, ainda, com inflação próxima da meta”, avalia Cozzolino.
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