23 de Novembro de 2024

Os 10 atletas com mais medalhas na história dos Jogos Olímpicos


Subir no pódio, inclinar a cabeça e receber um pedaço de metal redondo, amarrado a uma fita. Movimentos simples que todo atleta sonha realizar desde os primeiros passos no esporte.

E se o pódio tiver os cinco anéis olímpicos impressos, a medalha ganha um significado somente compreendido pelos atletas mais excepcionais do mundo.

Seja ouro, prata ou bronze, ganhar uma medalha olímpica é, para qualquer atleta, uma recompensa por toda uma carreira de sacrifício e dedicação a um esporte.

Mas alguns atletas extraordinários ganharam não apenas uma, nem duas, nem três, mas uma infinidade de medalhas olímpicas.

Abaixo estão os cinco atletas que mais penduraram medalhas no pescoço na história dos Jogos Olímpicos.

As águas olímpicas têm um rei absoluto e o nome dele é Michael Phelps. O nadador americano coleciona um total de 28 medalhas, 23 delas de ouro.

O “Tubarão de Baltimore”, como é conhecido o medalhista olímpico de maior sucesso da história, foi apresentado aos holofotes mundiais com apenas 15 anos de idade nos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000. Embora não tenha conquistado nenhuma medalha na época, aquele foi o ponto de partida para uma carreira de enorme sucesso.

Nos Jogos de Atenas 2004, ele ganhou seis ouros e dois bronzes. Mas foi no Cubo d’Água, a piscina dos Jogos de Pequim 2008, que Phelps tornou-se uma lenda: ele conquistou oito medalhas de ouro e superou o recorde de sete estabelecido por Mark Spitz em Munique 1972.

Após os Jogos de Londres 2012, em que conquistou mais seis medalhas (quatro de ouro e duas de prata), Phelps anunciou que estava se aposentando. Mas o “Tubarão de Baltimore” voltou para um último ato e, pela última vez, para conquistar cinco medalhas de ouro e uma de prata no Rio 2016.

Ela foi a primeira grande estrela da ginástica artística e segue sendo a atleta feminina com mais medalhas olímpicas da história.

A ginasta Larisa Latynina foi sem dúvida um dos grandes nomes do esporte soviético e sua história pessoal não fica atrás.

Criada durante a Segunda Guerra Mundial, ela perdeu o pai na Batalha de Stalingrado e deu seus primeiros passos no balé.

A ginástica foi, no entanto, a modalidade que a levou ao estrelato. E sua estreia olímpica ocorreu em grande estilo nos Jogos de Melbourne, em 1956, quando conquistou quatro ouros, uma prata e um bronze.

Em Roma ela conquistou outras seis medalhas (três de ouro, duas de prata e uma de bronze) e mais três em Tóquio 1964 (duas de ouro, duas de prata e duas de bronze), um total de 18 medalhas.

Sem sair da União Soviética, nem se afastar das argolas ou das barras paralelas, chegamos ao terceiro atleta de maior sucesso, o ginasta Nikolai Andrianov.

Por sua criatividade e presença, ficou conhecido como o “Nureyev da ginástica”, em homenagem ao famoso dançarino.

Ele estreou com ouro em Munique 1972, além de ter ganhado também uma medalha de prata e outra de bronze, mas explodiu mesmo em Montreal 1976, quando conquistou quatro medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze. O recorde histórico foi atingido em casa, nos Jogos de Moscou 1980, onde obteve mais dois ouros, duas pratas e um bronze.

Nem a aposentadoria interrompeu o amor de Andrianov pela ginástica: ele virou treinador, primeiro de jovens promessas da ginástica soviética e, mais tarde, da seleção japonesa.

A ginástica artística e a União Soviética foram sinônimos de sucesso por décadas e, antes da chegada de Andrianov, o grande nome era Boris Shakhlin.

Ele ficou conhecido como "Máscara de Ferro" devido ao rosto sem expressão e figura imponente e dominou a ginástica masculina durante anos, conquistando um total de 13 medalhas.

Ele fez sua estreia em Melbourne 1956, com duas medalhas de ouro. Em Roma 1960 conquistou mais quatro, além de duas de prata e uma de bronze, e conquistou o recorde em Tóquio 1964, com um ouro, duas de prata e um de bronze.

Trocamos as argolas e barras paralelas pelo florete e espada e chegamos ao italiano Edoardo Mangiarotti.

A Itália é a grande dominadora do histórico quadro de medalhas da esgrima, e Mangiarotti é a principal referência. Não só pelas 13 medalhas olímpicas, mas também por sua longevidade no esporte.

Ele abriu seu quadro de medalhas nos Jogos de Berlim de 1936 e encerrou sua participação em jogos olímpicos 24 anos depois, em Roma 1960. Ele também conquistou medalhas em Londres 1948, Helsinque 1952 e Melbourne 1956. No total, foram seis ouros, cinco pratas e dois bronzes.

No Japão, outro país de grande sucesso no mundo olímpico, o principal atleta foi o ginasta Takashi Ono.

Ele estreou nos Jogos de Helsinque 1952 com um bronze, mas foi em Melbourne 1956 que se confirmou como uma alternativa séria ao domínio da ginástica soviética, conquistando um ouro, três pratas e um bronze.

A atuação em Roma 1960 colocou-o como um dos melhores ginastas da história, com mais três ouros, uma prata e dois bronzes.

Ono encerrou sua trajetória olímpica como muitos atletas sonhariam: nos Jogos de Tóquio 1964, ele foi o encarregado de discursar na cerimônia de abertura. E poucos dias depois conquistou sua última medalha de ouro, diante do público do seu país, após vencer a disputa por equipes.

Se Phelps é o rei indiscutível da piscina, a rainha da canoagem não poderia ser outra senão a alemã Birgit Fischer.

Ela ganhou sua primeira medalha de ouro nos Jogos de Moscou de 1980, quando tinha apenas 18 anos, tornando-se a canoísta mais jovem a vencer uma disputa olímpica.

Foi apenas o começo de uma longa carreira a bordo de um caiaque, sua especialidade.

Ela não participou dos Jogos de Los Angeles de 1984, devido ao boicote da Alemanha Oriental, país que representava, mas voltou em Seul 1988, onde conquistou mais dois ouros e uma prata.

Em Barcelona 1992, já após a fusão da Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental, levou mais um ouro e outra prata, resultado igual ao alcançado em Atlanta 1996. Em Sydney 2000 adicionou mais dois ouros à coleção, despedindo-se em Atenas 2004, aos 42 anos, com outro ouro e outra prata.

Sem sair da água, mas de volta às piscinas, a americana Jenny Thompson é a nadadora de maior sucesso da história.

Entre Barcelona 1992 e Atenas 2004 ela conquistou 12 medalhas, sendo oito de ouro. Um exemplo do impressionante domínio americano na modalidade é que as oito medalhas de ouro de Thompson vieram em provas de revezamento por equipes.

Adiciona-se ao quadro uma prata em sua estreia, em Barcelona, ??um bronze em Sydney 2000 e duas pratas em Atenas 2004, todas em competições individuais. Embora não tenha levado nenhuma medalha de ouro em provas olímpicas individuais, é justo mencionar que somou muitas delas em campeonatos mundiais.

Além da canoagem, o hipismo olímpico também é território alemão, e Isabell Werth é o grande nome do país na modalidade.

A eterna Werth elevou a equitação a novos níveis com uma combinação deslumbrante de precisão, arte, talento e resistência. E enfatizamos o eterna porque a alemã é digna de estudo no Adestramento Olímpico.

O sucesso começou em Barcelona 1992 com um ouro e uma prata. Em Atlanta 1996, mais dois ouros; Sydney 2000, ouro e prata; Pequim 2008, ouro e prata; Rio 2016, ouro e prata... e assim até Tóquio 2020, com outro ouro e outra prata.

Levando em conta que as últimas Olimpíadas foram realizadas em 2021 devido à pandemia do coronavírus, 29 anos separam a primeira e a última medalhas da grande Werth.

Para fechar a lista de atletas excepcionais, é preciso dar mais um mergulho. E, claro, voltamos à natação americana, com Dara Torres.

Ela teve a carreira de sucesso mais longa de qualquer nadadora olímpica. Em Pequim 2008, competiu aos 41 anos e levou duas medalhas de prata.

Dara fez sua estreia em Los Angeles 1984 com um ouro, seguido por Seul 1988 com prata e bronze, e mais um ouro em Barcelona 1992. Mas sua maior Olimpíada foi Sydney 2000, quando conquistou dois ouros e três bronzes. Em Pequim 2008 ela ganhou três medalhas de prata, completando sua admirável coleção com 4 ouros, 4 pratas e 4 bronzes.

Fonte: correiobraziliense

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