A vice-presidente americana Kamala Harris teve que se reapresentar rapidamente aos eleitores dos Estados Unidos, que agora a avaliam como uma potencial presidente, em vez de a vice de Joe Biden.
Durante o maior momento da carreira de Harris até agora — a convenção democrata em Chicago, que será realizada de 19 a 22 de agosto— eles também conhecerão os membros da família que estarão ao lado dela, bem como aqueles que a ajudaram a chegar lá.
Ao contrário de seu rival Donald Trump, Harris só foi casada uma vez e é madrasta.
Aqui estão os membros de sua grande e moderna família.
Harris conheceu seu atual marido, o advogado de entretenimento de Los Angeles Doug Emhoff, em 2013, enquanto ela trabalhava como procuradora-geral da Califórnia.
Eles se casaram no ano seguinte. Desde então, Emhoff, de 59 anos, esteve ao lado de sua esposa enquanto ela subia na hierarquia da política dos EUA.
Em 2020, quando Harris fez história como a primeira mulher negra e sul-asiática (sua família tem origem afro-americana e indiana) a se tornar vice-presidente, Emhoff também fez história como o primeiro marido de uma presidente ou vice-presidente americana, bem como o primeiro cônjuge judeu de um vice-presidente.
Ele deixou seu escritório de advocacia naquele ano para se concentrar em tempo integral em seu papel como "segundo cavalheiro", uma posição que o tirou da relativa obscuridade.
Ele agora é conhecido como um defensor entusiasmado das causas do Partido Democrata e o substituto mais leal de Harris na campanha eleitoral.
O casamento da vice-presidente fez dela madrasta de Cole e Ella, os dois filhos de Emhoff com sua primeira esposa, Kerstin Emhoff.
Harris diz frequentemente que, de todos os seus muitos títulos, ser "Momala" — termo carinhoso cunhado por Cole e Ella, mistura de "mom" (mãe em inglês) com Kamala — é o mais importante.
Esse afeto parece ser recíproco — Cole e Ella, agora com 30 e 25 anos, respectivamente, têm sido vocais apoiadores de Harris.
"A melhor madrasta do mundo", foi a introdução de Ella durante a convenção democrata de 2020.
"Você é uma rocha, não apenas para o nosso pai, mas para três gerações da nossa grande e misturada família."
Cole, que se formou no Colorado College em 2017, seguiu seu pai na indústria do entretenimento, com empregos na agência de talentos WME e, mais tarde, na produtora Plan B de Brad Pitt.
Ella, que se formou na Parsons School of Design em Nova York, assinou com a IMG Models em 2021 e desfilou para marcas de alta costura como Balenciaga e Proenza Schouler. Ela também é uma artista e uma prolífica tricoteira, que lançou a marca de malhas e o clube Soft Hands em 2021.
A mãe de Cole e Ella, Kerstin, tem — talvez inesperadamente — se esforçado para falar calorosamente e positivamente de Harris.
Recentemente, Kerstin saiu em defesa de Harris quando os comentários de J.D. Vance sobre "senhora dos gatos sem filhos" ressurgiram.
"Por mais de dez anos, desde que Cole e Ella eram adolescentes, Kamala foi co-mãe com Doug e eu", disse Kerstin em uma declaração à CNN.
"Ela é amorosa, cuidadosa, ferozmente protetora e sempre presente. Amo nossa família misturada e sou grata por tê-la nela."
Kerstin, fundadora e CEO da produtora Prettybird, até mesmo forneceu sua experiência criativa e conexões para a campanha de 2020.
Kamala Harris é conhecida por ser muito próxima de sua única irmã, Maya Harris.
Após o divórcio de seus pais, as duas meninas foram criadas principalmente pela mãe, Shyamala Gopalan, em Berkeley, na Califórnia.
Assim como sua irmã mais velha, Maya seguiu carreira em direito, graduando-se na Universidade de Stanford em 1992.
Ela trabalhou como litigante e deu aulas de direito antes de ingressar na American Civil Liberties Union (ACLU) do norte da Califórnia, onde se tornou diretora-executiva em 2006.
Maya, de 57 anos, eventualmente mudou para a política, atuando como consultora sênior de políticas de Hillary Clinton em sua campanha presidencial de 2016.
Ela depois atuou como presidente de campanha da candidatura fracassada de sua irmã em 2020 para a nomeação democrata, antes de Kamala tornar-se a vice na chapa com Biden.
A única filha de Maya, Meena, seguiu a tradição da família Harris ao se formar em direito. Meena aconselhou sua "titia" Kamala nos estágios iniciais de sua carreira política, enquanto ela passava por cargos em empresas de elite do Vale do Silício, como Uber, Facebook e Slack.
A partir de 2017, a mãe de dois filhos lançou a Phenomenal, uma empresa de mídia e merchandising que se concentra em projetos liderados por mulheres e outros grupos sub-representados.
Mas a carreira de Meena ainda está ligada de alguma forma à de sua tia.
Em junho de 2020, ela publicou um livro infantil sobre sua tia e mãe chamado Kamala and Maya's Big Idea (A grande ideia de Kamala e Maya, em tradução livre).
E depois que Biden selecionou Harris como sua companheira de chapa, a Phenomenal começou a vender moletons onde se lia "Vice President Aunty" ("Titia Vice-Presidente").
Marido de Maya, padrasto de Meena, Tony West é outro membro talentoso do clã Harris e mais um advogado.
Graduado em direito em Stanford (onde conheceu Maya e sua filha então pequena), West trabalhou em altos cargos do setor público e privado.
Ele foi procurador-geral associado do presidente Barack Obama e trabalhou como conselheiro geral da PepsiCo.
West agora é o diretor jurídico da Uber, mas também surgiu como um consultor-chave para a campanha de sua cunhada.
A Uber disse este mês que ele tiraria uma licença para se dedicar à campanha de Kamala Harris.
"Sempre acreditei que a família vem em primeiro lugar", disse West em uma declaração.
"Então, decidi me dedicar em tempo integral a apoiar minha família e minha cunhada na campanha eleitoral."
Embora Shyamala Gopalan tenha morrido antes de ver sua filha concorrer à presidência, Kamala e Maya Harris dizem que sua mãe cientista inspirou as carreiras de ambas.
"Minha mãe foi a primeira pessoa a me dizer que meus pensamentos e experiências importavam", escreveu Harris no Facebook em 2022.
"Minha mãe costumava me dizer: 'Kamala, você pode ser a primeira a fazer muitas coisas. Certifique-se de não ser a última.'"
Gopalan, que morreu em 2009, mudou-se da Índia para os EUA aos 19 anos para estudar ciências, passando a trabalhar como pesquisadora de câncer de mama.
Seu ativismo no movimento pelos direitos civis a levou ao seu futuro marido: o economista e imigrante jamaicano Donald Harris.
Harris credita à mãe a criação dela e de Maya, e seu relacionamento atual com o pai não é claro.
Fonte: correiobraziliense
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