A Argentina colocou um navio que partiu do Brasil em quarentena após um caso suspeito de mpox. Segundo comunicado do Ministério da Saúde argentino, divulgado na terça-feira (20/8), a embarcação partiu da cidade de Santos (SP), com bandeira da Libéria, e um dos tripulantes tinha lesões cutâneas no tronco e na face, compatíveis com os sintomas da doença. Ele foi isolado do restante da tripulação.
"Desta forma, foi acionado o protocolo de emergência de saúde pública de interesse internacional. Serão colhidas amostras dos ferimentos conforme indicação da vigilância epidemiológica. Portanto, o barco com destino a Puerto San Lorenzo, Santa Fé, permanecerá no ancoradouro sem discussão livre, de forma que somente o pessoal médico poderá embarcar e ninguém poderá descer", informou o órgão argentino.
"No nosso país ainda não foram registrados casos da nova variante da mpox, Clade Ib, proveniente de África, que foi declarada um evento de saúde pública de importância internacional pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No entanto, o Ministério da Saúde continua a priorizar ações de vigilância epidemiológica para detecção, diagnóstico precoce, atendimento adequado e implementação de medidas de isolamento e rastreamento de contatos de possíveis casos", acrescentou o Ministério da Saúde.
Pela segunda vez em dois anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a mpox uma emergência global. Em 2024 foi registrado um aumento de casos de 160% em países africanos.
A doença é conhecida por causar feridas na pele e a transmissão ocorre por contato (beijos, abraços, relação sexual) com secreções infectadas das vias respiratórias ou bolhas na pele da pessoa infectada e também com o compartilhamento de objetos contaminados com fluidos do paciente ou materiais da lesão.
Os principais sinais do mpox são cansaço, febre, calafrios, dor de cabeça, dor no corpo, ínguas, bolhas ou feridas na pele. Em caso de suspeita da doença, a orientação é procurar imediatamente uma unidade de saúde e evitar o contato com outras pessoas.
O diretor para a Europa da Organização Mundial de Saúde (OMS), Hans Kluge, afirmou que o mundo sabe "muito mais" sobre a mpox, portanto não pode considerá-la "a nova covid". De acordo com o especialista, dentre as ações destacadas par enfrentar a doença estão fortalecer a vigilância e o diagnóstico de casos e emitir recomendações de saúde pública, inclusive para viajantes, “baseados na ciência, não no medo, sem estigma e sem discriminação”.
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