O último dia da convenção democrata que oficializou a candidatura de Kamala Harris nesta quinta-feira (23/8) teve um forte depoimento da mulher que pode comandar os Estados Unidos a partir de 1 de janeiro de 2025. Kamala usou o palco para contar a história dos pais — imigrantes —, do início da própria carreira e trabalho voltado "ao povo", fez criticas a Trump e prometeu trabalhar para o fim da guerra entre Israel e o Hamas. A cantora Beyonce, esperada para se apresentar durante o encerramento da convenção, não apareceu.
Ovacionada em diversos momentos desde que subiu ao palco, Kamala detalhou o orgulho que sentiu da luta dos país nos Estados Unidos. "Eles nos ensinaram gentileza, respeito e tudo que nos fez pessoas melhores", declarou.
Kamala Harris aceita nomeação na Convenção Democrata
Getty Images via AFP
Kamala Harris aceita nomeação na Convenção Democrata
Getty Images via AFP
Kamala Harris aceita nomeação na Convenção Democrata
Getty Images via AFP
Kamala Harris sobe ao palco do United Center, em Chicago, para o ponto alto da Convenção: homenagens à mãe e apelo á união nacional
Charly Triballeau/AFP
Ainda sobre os pais, Kamala lembrou das dificuldades que a família passou e exaltou a educação que recebeu. "Minha mãe nunca perdeu a calma, ela era forte e nos ensinou a nunca reclamar sobre injustiça, mas fazer algo para mudar. Essa era minha mãe", disse.
Outro ponto de destaque do discurso de Kamala foi o foco em relembrar diversos momento da carreira como promotora pública. A candidata reforçou que sempre trabalhou pelas pessoas e que teve apenas um chefe durante a vida profissional: "o povo".
Kamala prometeu em determinado momento da fala: "Eu vou ser uma presidente que une, que lidera, que ouve, que é prática e tem senso comum e que sempre luta pelo povo norte-americano".
O foco de Kamala no "povo" foi uma clara mensagem de oposição a forma como a candidata apresentou Trump, o opositor republicano.
"Trump não é um homem sério. Considerem o que vai acontecer se ele chegar ao poder. Ele já foi claro (na intenção de) prender todos que são considerados inimigos. Considerem o poder que ele vai ter, especialmente depois que o Supremo decidiu que ele será imune a processos criminais", disse ao completar que Trump "vai servir o único chefe que ele sempre serviu: ele mesmo".
Ao declara "nós confiamos nas mulheres", Kamala prometeu políticas de liberdade reprodutiva para mulheres com maior acesso ao aborto. A candidata também falou sobre "liberdade" para que o povo norte-americano possa casar com quem quiser, e tenha direitos a "respirar ar de qualidade".
Kamala ainda prometeu corrigir o "quebrado sistema de imigração" norte-americana ao mesmo tempo em que respeita as raízes dos Estados Unidos sobre imigrantes. Ainda teve tempo para a candidata prometer trabalhar para o fim da guerra entre Israel e Hamas, além de discursar sobre a invasão da Rússia na Ucrânia e até o poder da China em "manipular" Trump.
Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatísticas sobre a sua utilização.