Os bombeiros italianos encontraram, nesta sexta-feira (23/8), o corpo da filha do magnata britânico da tecnologia Mike Lynch, a última pessoa desaparecida no naufrágio de um iate de luxo perto da ilha italiana da Sicília, que deixou sete mortos.
No total, três homens e três mulheres desapareceram quando o iate "Bayesian" afundou na manhã de segunda-feira em questão de minutos a cerca de 700 metros do porto de Porticello, perto de Palermo, após a passagem de um tornado.
A Guarda Costeira recuperou quatro corpos na quarta-feira e um quinto na quinta, o de Mike Lynch, de 59 anos.
O bilionário, famoso empresário e investidor em tecnologia, reuniu-se com amigos, colaboradores e advogados a bordo do luxuoso iate em junho para comemorar a sua absolvição em um julgamento por fraude nos Estados Unidos, que poderia ter lhe custado muitos anos de prisão.
Sua filha Hannah, de 18 anos e feminista convicta, tinha acabado de passar nas provas finais e garantiu uma vaga para estudar Literatura Inglesa na Universidade de Oxford, segundo a mídia britânica.
Entre as outras vítimas estão Jonathan Bloomer, CEO do Morgan Stanley International – subsidiária do banco americano –, além de sua esposa Judy, e Chris Morvillo, advogado que defendeu Mike Lynch em seu julgamento nos Estados Unidos, e sua esposa Neda.
Quinze pessoas foram resgatadas, incluindo seis passageiros. No total, sete pessoas morreram, já que o corpo de um tripulante foi encontrado na segunda-feira.
Acredita-se que os 12 passageiros e 10 tripulantes a bordo do iate eram procedentes de Canadá, França, Irlanda, Mianmar, Nova Zelândia, Sri Lanka, Reino Unido e Estados Unidos.
A velocidade a que o iate de 56 metros de comprimento afundou e o fato de outras embarcações à sua volta não terem sido afetadas levantam questões, principalmente sobre se a quilha lastrada, que funciona como contrapeso ao imponente mastro, estava abaixada ou levantada no momento da tempestade.
O CEO do The Italian Sea Group, dono do estaleiro Perini Navi que construiu o "Bayesian", apontou para um erro humano.
"Tudo o que aconteceu aponta para uma longa série de erros. Os passageiros não deveriam estar nas cabines, o iate não deveria estar ancorado", declarou na quinta-feira Giovanni Costantino em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera.
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