19 de Setembro de 2024

Rejeição internacional à decisão que valida reeleição de Maduro na Venezuela


"Falta-lhe total credibilidade", "Não vimos nenhuma prova", "Tenta validar resultados sem apoio": os Estados Unidos, o chefe da diplomacia da União Europeia e vários países latino-americanos rejeitaram, nesta sexta-feira (23), a decisão que valida a reeleição do presidente Nicolás Maduro na Venezuela.

Washington também considerou que "é hora" de o chavismo governante e a oposição "iniciarem negociações sobre uma transição política", segundo o Departamento de Estado. 

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), cuja independência foi questionada por uma missão da ONU para avaliar os direitos humanos na Venezuela, emitiu na quinta-feira uma sentença que certificou os resultados das eleições presidenciais de 28 de julho.

Perante denúncias de fraude por parte da oposição, Maduro pediu ao TSJ que validasse os boletins anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que o proclamou vencedor com 52% dos votos para um terceiro mandato (2025-2031).

A oposição afirma que o seu candidato, Edmundo González Urrutia, venceu as eleições e acusa o TSJ e o CNE de servirem ao chavismo.

Os Estados Unidos, que mantêm sanções contra a Venezuela e sua indústria petrolífera, e lideram a pressão internacional contra Maduro, afirmam que existem "evidências contundentes" da vitória de González Urrutia. 

A decisão do Tribunal Supremo "carece completamente de credibilidade, dadas as evidências esmagadoras de que González recebeu a maioria dos votos", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, em um comunicado.

"As contínuas tentativas de reivindicar de forma fraudulenta a vitória de Maduro apenas agravarão a crise", acrescenta o texto, que apela à realização de negociações para uma transição "respeitosa e pacífica". 

Liderada pela ex-deputada María Corina Machado, a oposição publicou em um site cópias das atas de apuração dos votos que, afirma, comprovam a vitória de seu candidato com 67% dos votos. O chavismo descarta a validade destes documentos, garantindo que são "forjados". 

O CNE não publicou os resultados mesa por mesa, conforme exigido por lei, alegando que o seu sistema foi hackeado. 

"Santa palavra!", reagiu Maduro em um comício na cidade costeira de La Guaira.

Fonte: correiobraziliense

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