A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) assinaram, nesta sexta-feira (23/8), um acordo de cooperação técnica contra fraudes na internet. A colaboração envolve troca de conhecimentos, tecnologias, metodologias, além de formações que visam combater de maneira mais efetivas os golpes e outros crimes cibernéticos.
Segundo o acordo, é prevista a formação de um grupo de trabalho com outras entidades e empresas de diversos setores. O objetivo é construir uma política pública para a prevenção e combate a esses delitos, que fizeram mais de 3 milhões de vítimas no Brasil em 2022, de acordo com dados do Serasa Experian. Uma pesquisa da empresa de segurança Fortinet também mostrou que o país é o 2º mais impactado por crimes cibernéticos na América Latina.
A Febraban informou que o grupo multissetorial será criado até o fim de 2024. “O combate ao crime organizado, a luta contra as fraudes bancárias, e outros ilícitos financeiros, são um dever da sociedade como um todo. Não pode ficar restrito ao poder público”, avalia o presidente da entidade, Isaac Sidney.
“A conjugação de esforços entre o setor bancário, outros atores privados e o Ministério da Justiça permitirá que o poder público tenha mais elementos para combater esse tipo de crime, permitindo o cruzamento com os dados que já possui. Com isso, vamos aprimorar as condições para investigação, identificar associações e organizações criminosas, conhecer as práticas ilícitas e desenvolver novas técnicas e tecnologias de prevenção e repressão a esses crimes”, completou Sidney.
A Estratégia Nacional de Segurança Financeira – como é chamada a iniciativa – será estendida para outros segmentos, como governamental, financeiro, telecomunicações, varejo, marketplaces e redes sociais. O acordo foi assinado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e pela secretária de Direitos Digitais da Febraban, Lílian Cintra de Melo.
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