Segundo especialistas da FGV, a confiança do consumidor sobe pela terceira vez seguida, porém, teve um ritmo mais lento. “O resultado modesto foi influenciado igualmente pela melhora das percepções sobre o presente e as expectativas futuras. Entre as faixas de renda, diferente do que vinha ocorrendo ao longo desse ano, o resultado no mês foi motivado pelas faixas de renda mais altas, especialmente para consumidores com renda superior a R$9.600,00”, afirmou Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.
“A resiliência da atividade doméstica, com mercado de trabalho aquecido e inflação controlada tem contribuído para sustentar a confiança dos consumidores, mas o menor ritmo indica cautela para o futuro”, completou Gouveia.
Em agosto, a alta da confiança foi influenciada tanto pelas expectativas em relação aos próximos meses quanto pelas avaliações sobre o momento atual. O Índice de Expectativas (IE) avançou em 0,3 ponto, para 101,4 pontos, em sua terceira alta consecutiva. No mesmo sentido, o Índice da Situação Atual (ISA) avançou 0,3 ponto, para 81,9 pontos, mantendo-se no maior nível desde novembro de 2023 (82,0 pontos).
Entre os quesitos que compõem o ICC, o que mede as perspectivas para a situação futura da economia foi o que apresentou a maior contribuição para a alta da confiança no mês ao avançar 2,0 pontos, para 111,4 pontos, maior nível desde abril deste ano (113,0 pontos). No mesmo sentido, o que mede o ímpeto de compras de bens duráveis aumentou pela terceira vez consecutiva, agora em 1,1 ponto, para 87,8 pontos. Apenas as perspectivas para as finanças futuras das famílias apresentaram resultado negativo no mês ao recuar 2,3 pontos, para 104,8.
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