O Tesouro Nacional anunciou, nesta quarta-feira (4/9), uma alteração nos limites de referência definidos no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2024. As mudanças atingem diretamente a previsão para a Dívida Pública Federal (DPF), com modificações implementadas na composição final estimada para o ano.
Segundo o Tesouro, houve um aumento na participação dos títulos que possuem taxas de juros flutuantes na dívida, os chamados “LFT”. Enquanto isso, a proporção dos índices com taxas prefixadas (LTN e NTN-F) ou indexadas a índice de preços foi reduzida.
A mudança foi motivada principalmente pelo apetite maior a títulos LFT indexados pela taxa básica de juros, a Selic, durante o ano. O patamar elevado dos juros no país ainda é um forte motivo para os investidores buscarem esses títulos, ao que se acresce o cenário atual de incertezas diante da política monetária nos Estados Unidos.
Essas incertezas afetaram mercados emergentes, como o Brasil, com pressões à taxa de câmbio e ao aumento da aversão ao risco, consequentemente. Na visão do Tesouro, esses fatores tiveram forte impacto na curva de juros e na demanda por títulos com menos risco para os investidores.
“Neste contexto, e considerando que as LFT trazem ganhos em termos de maior prazo médio, o Tesouro decidiu aproveitar a demanda adicional e ampliou a emissão desses títulos em relação ao previsto originalmente no PAF. Essa estratégia se mostrou mais relevante diante do menor espaço para colocações de NTN-B, que são títulos mais longos”, explicou, em nota, o Tesouro Nacional.
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