A escassez de mão de obra em certas profissões tem se tornado um desafio crescente para diversas empresas ao redor do mundo. Essa falta de profissionais qualificados é agravada por fatores como a rápida evolução tecnológica, mudanças demográficas e a inadequação entre a formação acadêmica e as demandas do mercado. Em um cenário em que a competitividade é alta, encontrar e reter talentos se tornou uma prioridade estratégica para empresas.
A seguir, confira quais áreas necessitam de mão de obra e podem ser uma boa opção para quem deseja entrar no mercado de trabalho:
Com o avanço da transformação digital, a demanda por desenvolvedores de software superou a oferta de profissionais qualificados. A escassez é agravada pela necessidade constante de atualização em novas linguagens de programação e tecnologias emergentes, criando um descompasso entre a formação acadêmica e as exigências do mercado.
Segundo dados do IDC Brasil, o território nacional tem cerca de 150 a 200 mil vagas sem candidato no setor da tecnologia. Além disso, um levantamento da Google For Startups apontou que, até 2025, o país terá um déficit de 530 mil profissionais na área.
O envelhecimento da população e a maior demanda por cuidados de saúde têm evidenciado a falta de enfermeiros. O setor enfrenta desafios para atrair novos profissionais, especialmente em áreas críticas como unidades de terapia intensiva e enfermagem geriátrica, em que o estresse e a carga de trabalho são elevados. De acordo com o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), o mundo apresenta uma escassez de 6 milhões de enfermeiros.
A indústria enfrenta dificuldades para encontrar técnicos especializados em manutenção de máquinas e equipamentos. A falta de profissionais qualificados compromete a eficiência das operações, especialmente em setores que dependem de processos produtivos contínuos, como o automotivo e o alimentício.
As áreas de exatas sofrem com a falta de professores qualificados, especialmente no ensino médio. A baixa atratividade da carreira docente, a exigência de sólida formação acadêmica e a evasão dos cursos de ensino superior são fatores que contribuem para tal escassez. Um levantamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP), realizado no ano de 2022, apontou que, a cada 10 estudantes das licenciaturas em matemática, física e ciências, 7 não concluem a graduação.
O setor de transporte e logística enfrenta uma crescente falta de motoristas de carga, essencial para o funcionamento da cadeia de suprimentos. A profissão é vista como pouco atrativa devido às longas horas de trabalho e ao tempo longe de casa, o que dificulta a retenção e a contratação de novos profissionais.
A aviação comercial depende de mecânicos altamente qualificados para garantir a segurança e a eficiência das operações. A escassez desses profissionais se deve à necessidade de treinamento especializado e à alta responsabilidade da função, fatores que limitam a entrada de novos trabalhadores na área.
O setor de construção civil sofre com a falta de engenheiros civis, essenciais para o planejamento e execução de grandes obras. A escassez é agravada pelo ritmo acelerado de urbanização e pela demanda por projetos de infraestrutura, que exigem profissionais com habilidades técnicas e experiência prática, muitas vezes difícil de encontrar.
Fonte: correiobraziliense
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