Portugal sofre com os impactos causados por mais de 40 incêndios florestais ativos nesta quarta-feira (18/9). Mais de 3.900 bombeiros e mais de mil veículos foram mobilizados para o combate às chamas. Os combatentes afirmaram que a situação está "fora de controle" em Arouca, no distrito de Aveiro — a área mais afetada pelo fogo. Nesta região, quase 20 mil hectares de vegetação foram devastados desde segunda-feira (16/9).
Segundo as autoridades locais, Portugal registrou sete mortes. Três bombeiros perderam a vida na terça (17/9), após terem ficado presos entre chamas perto de Tabua, na região Coimbra, no centro do país.
Uma estrada rodeada de fumaça durante um incêndio florestal em Lourizela, Águeda, em Aveiro, a 18 de setembro de 2024
PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP
Aldeões observam uma coluna de fumaça durante um incêndio florestal em Lourizela, Águeda, em Aveiro, a 18 de setembro de 2024
PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP
Um bombeiro combate um incêndio florestal na aldeia de Veiga, em Águeda, Aveiro, a 17 de setembro de 2024
PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP
Um residente passa por um armazém em chamas durante um incêndio na aldeia de Arrancada, Águeda, em Aveiro, em 17 de setembro de 2024
PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP
Um bombeiro observa o início de um incêndio florestal em Gondomar, no dia 18 de setembro de 2024
MIGUEL RIOPA / AFP
Um aldeão caminha numa área queimada durante um incêndio florestal em Gondomar, em 18 de setembro de 2024
MIGUEL RIOPA / AFP
Aldeões observam uma coluna de fumaça durante um incêndio florestal em Lourizela, Águeda, em Aveiro, a 18 de setembro de 2024
PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP
Um outra vítima é um brasileiro 28 anos que era funcionário de uma empresa florestal e morreu carbonizado na segunda quando tentava recuperar algumas ferramentas. Além disso, duas pessoas sofreram ataques cardíacos e um bombeiro voluntário morreu no domingo de maneira súbita durante uma operação.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores informou que o governo brasileiro expressa profundo pesar pelos mortos, feridos e pelas perdas materiais decorrentes dos incêndios florestais que atingem Portugal. "Registra com grande tristeza o falecimento de vítima brasileira de acidente relacionado aos incêndios que assolam o país europeu", disse o Itamaraty.
"Nesse momento de tristeza, o Brasil conclama as nações parceiras a redobrarem os esforços de adaptação aos impactos da mudança do clima, em reação à multiplicação de eventos naturais extremos dessa natureza. O governo brasileiro está monitorando a situação por meio dos Consulados-Gerais do Brasil em Portugal, a fim de prestar a assistência consular cabível aos nacionais eventualmente afetados pelos impactos dos incêndios", acrescentou a pasta.
Portugal pediu ajuda aos países europeus para combater os incêndios florestais. "Mobilizaremos urgentemente oito aviões de combate a incêndios", anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
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