O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se prepara para uma agenda de encontros com empresários e investidores em Nova York, durante a edição de 2024 da Semana do Clima (Climate Week NYC). Nos Estados Unidos, o chefe da pasta deve se concentrar em levar uma imagem do país de prioridade na economia verde e práticas sustentáveis.
Haddad deve chegar a Nova York no próximo domingo (22/9) pela manhã e no mesmo dia já tem um encontro com CEOs em um jantar promovido pelo World Business Council, onde também vai realizar um discurso inicial, que deve ser orientado para a agenda de economia verde.
Nos outros dias, o ministro participa de encontros com lideranças e investidores para falar sobre a inserção do Brasil nas pautas sobre sustentabilidade e transformação energética. Entre os eventos previstos, está a participação de Haddad em um encontro da Milken Institute, com o tema “Investindo no verde do Brasil” (Investing in Brazil’s Green).
O retorno do ministro para o Brasil está agendada para a próxima terça-feira (24/9), data em que ocorre o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que abre os pronunciamentos de chefes de Estado na 79ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, da ONU. O ministro e Lula viajam separados e existe a possibilidade de Haddad acompanhar a fala do presidente, mas ainda sem confirmação.
Entre os principais destaque previstos para a visita do ministro a Nova York está a apresentação de uma proposta concreta voltada para a proteção florestal no Brasil, segundo fontes ouvidas pelo Correio. A medida ocorre em meio a uma das piores secas da história do país, com recordes de focos de incêndio em grande parte do território. Não há mais detalhes sobre como seria a proposta.
Nas agendas com empresários e investidores, o ministro deve apresentar o cenário macroeconômico brasileiro como atrativo para o alocamento de recursos, após o corte de 0,50 pontos percentuais (p.p.) na taxa de juros dos Estados Unidos, decidida na última reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, na última quarta-feira (18/9).
Além disso, a relação com o governo dos EUA deve ser um assunto tratado pelo ministro, principalmente levando em consideração o contexto de eleições polarizadas no país. O Brasil mantém uma boa relação com o governo democrata de Joe Biden. A nível de exemplo, no último mês de julho, os dois países firmaram uma parceria pelo clima no âmbito do G20.
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