05 de Outubro de 2024

Biden faz último discurso na Assembleia da ONU e pede cessar-fogo em Gaza


Em seu último discurso na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se disse otimista na resolução dos atuais conflitos mundiais mas também pediu o fim imediato da guerra em Gaza e mais apoio para que a Ucrânia vença a guerra contra a Rússia.

Em um discurso de pouco mais de meia hora, ele citou exemplos de conflitos do passado, como a guerra do Vietnã, para exemplificar que os conflitos podem ser resolvidos.

Em tom de despedida e retrospectiva, o presidente norte-americano disse que está prestes a deixar a vida pública e pediu esperança para resolver os desafios atuais, especialmente conflitos como em Gaza e na Ucrânia.

Biden falou das guerras em curso na Ucrânia e em Gaza, as incertezas relacionadas aos impactos da inteligência artificial, as ameaças das armas nucleares e a urgência das mudanças climáticas. "Eu realmente acredito que estamos em outro ponto de inflexão na nossa história", disse o presidente. "As escolhas que fazemos hoje determinarão nosso futuro pelas próximas décadas."

Biden manteve um tom esperançoso em seu discurso, ressaltando que, como ele já viu muito da história, não reage com desespero. "Nós somos mais fortes do que pensamos", disse.

Esse foi o último discurso de Biden na Assembleia como presidente dos EUA. Antes dele, discursaram António Guterres, secretário-geral da ONU, o camaronês Philémon Yange, presidente da Assembleia Geral, e Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil.

Ao final do seu discurso, Biden falou sobre a sua decisão de não seguir com a sua candidatura a presidente dos EUA neste ano. "Há muito mais que quero realizar. Mas, por mais que eu ame o trabalho, amo mais o meu país (...). Lembrem-se: algumas coisas são mais importantes do que permanecer no poder." A fala foi recebida com diversos aplausos.

Guerra em Gaza

Biden destacou que é hora de "finalizar os termos" para um cessar-fogo que acabe com o conflito, em referência ao acordo mediado por EUA, Catar e Egito. O plano inclui "trazer os reféns para casa", garantindo a segurança de Israel e Gaza "das garras do Hamas". Ele também apontou para uma solução de dois Estados que assegure a segurança em ambos os lados, e condenou a violência dos colonos israelenses contra civis palestinos na Cisjordânia.

O presidente dos EUA ainda alertou sobre o perigo de uma "guerra em grande escala" no Líbano. "Embora a situação tenha se agravado, ainda é possível uma solução diplomática", acrescentou, reforçando o seu tom esperançoso do discurso.

"A humanidade não pode hesitar diante dos horrores de 7 de outubro", disse Biden em seu discurso, em referência ao ataque do Hamas em um festival de música em Israel, o marco do início da guerra entre o grupo terrorista e o país. Ele ressaltou o "inferno" que viveram as pessoas presentes e os parentes das vítimas no ataque, assim como aquele em que estão vivendo civis inocentes em Gaza. "Eles nunca pediram por essa guerra que o Hamas começou", disse.

Fonte: correiobraziliense

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