O setor de segurança privada registrou um crescimento de quase 10% no primeiro semestre de 2024. Com o Estatuto da Segurança Privada, criado pelo deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), estima-se que o número de vigilantes legais em atuação dobre até o final de 2025, passando dos atuais 520 mil para 1 milhão
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, o número de empresas que operam de forma clandestina no segmento de segurança privada é significativo. Ao todo são 11.231 clandestinas contra 2.694 regulamentadas. Sudeste lidera o ranking com 39% das empresas clandestinas, seguido pelo Nordeste com 22%, o Sul com 20%, o Centro-Oeste com 11%, e o Norte com 8%.
Nos três primeiros lugares do ranking por estado estão São Paulo, com 594 empresas legalizadas contra 2.476 que operam na clandestinidade; Rio de Janeiro, com 984 ilegais, em comparação com 236 regularizadas; e Minas Gerais, com 763 empresas clandestinas contra 183 regularizadas.
No Distrito Federal são apenas 76 regularizadas contra 317 são ilegais.
Além disso, o mercado demonstra um aumento de 8,5% na busca por cursos de aperfeiçoamento de vigilantes. No início de maio de 2024, 356 estabelecimentos estavam autorizados pela Polícia Federal, contra 328 no ano anterior. Atualmente, 799.117 pessoas têm o curso de formação atualizado e estão aptas a desempenhar a função, o que indica um crescimento de 3% em relação ao ano passado.
Ao analisar o perfil dos profissionais em atividade, dados do Ministério do Trabalho e Emprego apontam que 87% são do sexo masculino e 13% do sexo feminino. Quase 70% têm entre 30 e 49 anos, e 77,4% possuem ensino médio completo, enquanto 3% possuem curso superior.
A nova legislação também regulamenta o serviço de segurança privada em organizações, condomínios e escritórios, exceto em portarias, que continuarão sob normativas específicas. Crivella, autor do projeto, destaca a importância do marco para o setor, que emprega cerca de 3,5 milhões de pessoas e movimenta aproximadamente R$ 40 bilhões por ano. "O estatuto é um avanço necessário para garantir mais segurança aos profissionais e aos contratantes, além de fortalecer o setor", afirmou o deputado.
Com essa nova legislação, o setor espera reduzir as ações trabalhistas e os postos informais de trabalho, que muitas vezes são ocupados por pessoas sem a devida formação para exercer a função de vigilante, colocando em risco a segurança da população.
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