O coordenador de projetos de hidrogênio verde (H2V) da Rede Brasileira de Certificação Pesquisa e Inovação (RBCIP), Marcelo Fiche, ressaltou a importância do hidrogênio verde ao Brasil. De acordo com Fiche, a maioria dos projetos são à longo prazos, mas é possível investir em outros de curto prazo, como convencer quem utiliza fertilizante a usar alternativas que tenha o hidrogênio na produção. "Vamos convencer quem está consumindo o produto com o fertilizante, ou quem está comprando, que o verde não é uma moda, é uma necessidade. Eu acho que, com o tempo, as pessoas vão entender que é melhor comprar um produto que veio com uma cadeia de crédito carbono, uma cadeia renovável, sustentável, do que pegar simplesmente o gás e a volatilidade", destacou.
A fala ocorreu durante o evento "Hidrogênio Verde: o combustível do futuro", realizado pelo Instituto Cultura em Movimento, com patrocínio do Banco do Nordeste, da Caixa Econômica Federal e do governo federal; apoio da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra); e apoio de comunicação do Correio Braziliense. Fiche aproveitou para mostrar que é possível obter hidrogênio verde de água de reuso. "Em novembro, a gente vai usar água de reuso. Vou pegar água de esgoto, tratar, colocar ela no equipamento e produzir o hidrogênio. Ou seja, essa água não tem utilidade. Você não bebe uma água que saí de uma estação de tratamento de esgoto, mas ela pode ser usada para a produção do hidrogênio", explicou.
Marcelo finalizou lembrando que o mercado de hidrogênio verde no Brasil é grande, principalmente a curto prazo, e que seria bom o país começar a trabalhar nessas rotas. "No Brasil tem muitas rotas que a gente pode utilizar, o hidrogênio participa de forma ativa em várias delas, um fertilizante nitrogenado, com combustível de carro, ou seja, de transporte", ressaltou.
Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatísticas sobre a sua utilização.