A expansão do uso do hidrogênio verde como combustível e matriz energética sustentável no Brasil também passa pela cooperação com outros países onde as inovações relacionadas a este assunto já estão mais avançadas. Desta forma, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), por meio da Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, busca acordos internacionais para permitir um avanço sustentável da tecnologia no país.
Nessa linha, o coordenador-geral de Descarbonização e Finanças Verdes do MDIC, Gustavo Fontenelle, mencionou parcerias com a Alemanha e o Reino Unido, como exemplos de iniciativas bilaterais para a troca de conhecimentos estratégicos que envolvem o hidrogênio verde.
“A cooperação internacional traz não somente conhecimento, parcerias, modelos de negócios, mas os instrumentos viabilizadores que nós vamos precisar, quer em termos de inovações tecnológicas ou lacunas tecnológicas que encontramos até o momento, quer em lacunas de financiamento, ou instrumentos ou montantes que vamos precisar”, avaliou o coordenador, nesta quinta-feira (26/9), durante o CB Debate, com o tema Hidrogênio Verde: o Combustível do Futuro.
Além dos países europeus, o governo brasileiro ainda trabalha em conjunto com o Banco Mundial, para a concentração de hubs (centralizadores) de hidrogênio, voltados para a produção e consumo do combustível. Na visão de Fontenelle, o Brasil tem a vantagem de ser um país com alta capacidade para produzir hidrogênio verde, além de possuir um vasto mercado consumidor em potencial.
“A maior parte dos países têm essa capacidade de produção, mas não têm a capacidade de consumo”, destacou o coordenador. “O hidrogênio não é um insumo energético ou uma commodity de qualquer natureza. Ela traz especificidades. E aí o próprio raio de produção e sua proximidade de consumo é fundamental”, acrescentou.
Na avaliação do coordenador-geral de descarbonização do MDIC, o Brasil tem uma perspectiva de negócios, no sentido de buscar atingir o mesmo grau de países desenvolvidos, como Estados Unidos, Austrália, Espanha e Arábia Saudita, no mercado de hidrogênio verde. Para Fontenelle, é preciso buscar o que os outros países têm o “melhor para oferecer”.
“Falar de cooperação internacional é entender que, sem dúvida nenhuma, os nossos interesses precisam ser guiados para o que o Brasil precisa e deve ter enquanto às suas orientações de interesse pátrio e, também, de interesse de negócios”, pontuou.
Esta edição do CB Debate foi realizada pelo Instituto Cultura em Movimento, com patrocínio do Banco do Nordeste, da Caixa Econômica Federal e do governo federal. Além disso, teve o apoio da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) e apoio de comunicação do Correio Braziliense.
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