Com o aumento da nota de crédito do Brasil, de Ba2 para Ba1, feita pela agência de risco norte-americana Moody’s, o Tesouro Nacional espera atrair novos investimentos estrangeiros por meio dos leilões da Dívida Pública Federal (DPF). O coordenador-geral de Operações da DPF, Helano Borges, afirmou que essa é a tendência para os próximos meses.
“O conjunto das informações macroeconômicas que a gente tem do país trazem uma solidez, então a gente tem do lado externo um investimento estrangeiro direto, um nível de reservas elevado”, destacou Borges, em entrevista coletiva sobre os resultados da DPF em agosto, nesta quarta-feira (2/10).
Em relação aos preços, ele apontou que o Tesouro ainda enxerga uma convergência da inflação rumo à meta em um horizonte relevante. Nesse sentido, também projetou um aumento da percepção de consolidação fiscal. “Isso já está impactando na visão das agências de rating, a gente percebe essa percepção diferente quando tratamos com não residentes”, frisou, ainda, o coordenador.
No último dia 23, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniram com representantes da agência Moody’s, durante a 79ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York. O chefe da pasta havia destacado que houve uma boa percepção dos investidores estrangeiros em relação ao país.
Em agosto, a DPF recuou 1,46% e fechou o mês em R$ 7,035 trilhões. As taxas de emissão da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) apresentaram volatilidade, que, segundo o Tesouro, refletem as perspectivas de redução de juros nos EUA e de restrição monetária no Brasil.
Nesse período, as emissões da DPF somaram R$ 107,89 bilhões e os resgates, R$ 271,33 bilhões. O destaque no mês foi para o pagamento de R$ 257,08 bilhões de NTN-B entre vencimentos e pagamento de cupom.
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