22 de Novembro de 2024

5 mapas que explicam conflito entre Israel Hezbollah, Hamas e Irã


Israel invadiu o sul do Líbano em uma escalada dramática do seu conflito com o Hezbollah.

A operação terrestre israelense começou na noite de segunda-feira (30/9), dias depois de um ataque aéreo ter matado o líder do grupo armado apoiado pelo Irã, Hassan Nasrallah.

O Hezbollah disparou centenas de foguetes contra o norte de Israel, enquanto o Líbano enfrentou duas semanas de bombardeio aéreo que, segundo as autoridades libanesas, matou mais de mil pessoas e forçou até um milhão a deixar suas casas.

Israel tem um histórico de décadas de conflito com o Hezbollah, mas a guerra em Gaza provocou quase um ano de combates mortais entre os dois lados.

Vamos atualizar continuamente os mapas a seguir para ajudar a explicar o conflito e a acompanhar seu desenvolvimento.

O Líbano é um pequeno país com uma população de cerca de 5,5 milhões de habitantes, que faz fronteira com a Síria ao norte e a leste, com Israel ao sul, e com o Mar Mediterrâneo a oeste. Fica a cerca de 170 quilômetros do Chipre.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram que estão realizando "ataques terrestres limitados, localizados e direcionados" no sul do Líbano para desmantelar o que chamam de "infraestrutura terrorista" do Hezbollah.

Na quarta-feira (2/10), o segundo dia completo da invasão ao Líbano, as tropas israelenses encontraram combatentes do Hezbollah pela primeira vez, segundo o jornalista Nick Beake, da BBC, que está no norte de Israel.

As FDI disseram que os soldados "eliminaram terroristas e desmantelaram infraestruturas terroristas por meio de munições guiadas com precisão e combates de curto alcance" em várias áreas do sul do Líbano.

Mais tarde, as FDI anunciaram que oito soldados haviam sido mortos em combate. Seis teriam sido emboscados por combatentes do Hezbollah — e outros dois por disparos de morteiro.

O Hezbollah afirmou que seus combatentes entraram em confronto com forças israelenses em Adaisseh, Kafr Kila, Maroun al-Ras e Yaroun — vilarejos libaneses perto da fronteira com Israel.

Uma operação terrestre no sul do Líbano oferece muitos riscos para as forças israelenses. Diferentemente das planícies litorâneas de Gaza, o sul do Líbano tem colinas e terrenos montanhosos que dificultam a livre movimentação dos tanques, sem medo de sofrerem emboscadas.

Acredita-se também que o Hezbollah tenha uma rede de túneis na região — o grupo estaria se preparando para outro conflito em grande escala com Israel desde a guerra de 34 dias em 2006.

Como parte das operações no sul do Líbano, as FDI ordenaram que as pessoas que vivem em alguns vilarejos se retirassem, dizendo aos que permaneceram que deixassem suas casas e "se dirigissem imediatamente para o norte do Rio Awali" — que desemboca no mar a cerca de 50 quilômetros da fronteira com Israel.

Os civis libaneses também foram alertados pelas FDI para não usarem veículos para atravessar o Rio Litani, localizado a cerca de 30 quilômetros ao norte da fronteira.

Cerca de um milhão de pessoas viviam no sul do Líbano antes da escalada do conflito, há quase um ano. Dezenas de milhares de pessoas fugiram para o norte desde que os ataques aéreos israelenses na região se intensificaram no fim de setembro.

As defesas aéreas israelenses também entraram em ação na quarta-feira, um dia depois de terem repelido a grande maioria dos mais de 180 mísseis balísticos lançados pelo Irã em direção a Israel na noite de terça-feira, em retaliação ao ataque que matou Hassan Nasrallah e um importante comandante iraniano.

Mais de 240 foguetes foram disparados do sul do Líbano em direção ao norte de Israel ao longo do dia, de acordo com as FDI.

A invasão do sul do Líbano por Israel ocorreu depois de quase duas semanas de intensos ataques aéreos que os militares israelenses dizem ter como alvo o Hezbollah no sul do país, no leste do Vale do Bekaa e nos subúrbios ao sul de Beirute.

Israel afirma que está atingindo bases do Hezbollah, incluindo depósitos de armas e munições, mas as autoridades libanesas dizem que mais de 100 mulheres e crianças foram mortas.

Para os civis libaneses que tentam fugir do sul do Líbano, a principal rota para o norte é a estrada costeira que percorre todo o país — mas as áreas ao longo desta rota têm sido alvo de ataques aéreos nos últimos dias.

A maioria dos foguetes disparados recentemente pelo Hezbollah teve como alvo áreas do norte de Israel. Mas alguns foguetes foram lançados mais ao sul, e danificaram casas perto da cidade litorânea de Haifa.

Os ataques israelenses em Beirute se concentraram em Dahieh, um subúrbio ao sul da capital, uma área densamente povoada que abriga milhares de civis e tem uma forte presença do Hezbollah.

Israel está agora trocando hostilidades com forças armadas e grupos armados não estatais em vários países da região, incluindo o Irã, a Síria e grupos apoiados pelo Irã que operam no Líbano, em Gaza, no Iraque, na Síria e no Iêmen.

O ataque com mísseis balísticos do Irã contra Israel foi a última grande escalada. Na terça-feira (1/10) o Irã disparou cerca de 180 mísseis contra o território israelense, sendo que a maioria foi interceptada pelos sistemas de defesa de Israel com apoio dos EUA e Reino Unido, segundo autoridades israelenses.

O que vai acontecer a seguir não está claro, mas Israel prometeu responder, com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, descrevendo o ataque como "um grande erro" pelo qual o Irã "vai pagar".

Fonte: correiobraziliense

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