O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta sexta-feira, 4, que Israel ainda não tomou decisão sobre o que fará em termos de ataque contra o Irã, sugerindo que o governo americano desencorajou ataques diretos contra instalações petrolíferas iranianas. "Tudo ainda está sob discussão", revelou, esclarecendo afirmação realizada nesta quinta, 3. "Israel está em feriado e não fará decisão sobre o ataque imediatamente."
Os comentários aconteceram durante a coletiva de imprensa da Casa Branca, em uma aparição classificada como inédita por veículos da mídia internacional. Normalmente, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, e outras autoridades americanas lideram a coletiva.
Biden afirmou ainda que autoridades dos EUA e de Israel estão em "contato constantemente". O presidente também disse que estão sendo analisadas sanções americanas contra o Irã, mas evitou revelar detalhes. "Israel tem todo o direito de responder a ataques, não só do Irã, como do Hezbollah e outros", reiterou, ponderando que a resposta israelense de, entretanto, respeitar questões humanitárias.
Segundo ele, os EUA e países aliados mantêm esforços para reduzir as tensões no Oriente Médio e evitar uma guerra completa, mas as "milícias irracionais" - como os grupos Hezbollah, no Líbano, e Houthis, no Iêmen - dificultam um acordo. "Nenhuma administração ajudou Israel como a minha. Netanyahu deve ser lembrar disso", afirmou Biden, ao ser questionado se o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, estaria tentando influenciar eleições americanas ao dizer que só negociará acordo diplomático no Oriente Médio com o próximo governo.
O presidente americano também comentou brevemente sobre as eleições presidenciais dos EUA, afirmando que "não sabe" se serão pacíficas. Biden disse estar "preocupado" sobre a possível reação do ex-presidente Donald Trump e dos republicanos, caso sejam derrotados no pleito contra os democratas.
Entre outros temas, o presidente reiterou comentários sobre o payroll forte de setembro e afirmou que "os números são reais", ao ser questionado sobre acusações de republicanos de que o governo dos EUA estaria "fabricando" os dados de emprego.
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