22 de Novembro de 2024

Quando o furacão Milton vai atingir a Flórida?


As autoridades dos EUA estão alertando sobre os impactos potencialmente fatais do furacão Milton à medida que ele se aproxima da costa da Flórida.

Milton é uma das tempestades mais poderosas que se formaram no Atlântico Norte nos últimos anos. E surge apenas duas semanas depois de o furacão Helene ter causado danos significativos nos EUA.

A previsão é de que a tempestade chegue à costa da Flórida nesta quarta-feira (9/10).

O Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) prevê que Milton atinja a costa da Flórida como um "furacão extremamente perigoso" na noite desta quarta-feira, horário local.

Isso pode acontecer perto da cidade de Tampa, cuja área metropolitana tem uma população de mais de 3 milhões de habitantes.

Os meteorologistas alertam para chuvas torrenciais, inundações repentinas, ventos fortes e possíveis marés de tempestade — que ocorrem quando a água se desloca para o interior a partir da costa.

Eles dizem que Milton pode ser a pior tempestade a atingir a área em cerca de um século — com a possibilidade de ondas de 3 a 4,5 metros e até 38 cm de chuvas localizadas.

Milton se tornou um furacão de categoria 1 no domingo (6/10), e tem se deslocado continuamente para o leste, pelo Golfo do México, depois de passar pela península mexicana de Yucatán.

O apresentador de meteorologia da BBC, Chris Fawkes, informou que a tempestade se intensificou de forma explosiva em um período de 24 horas, culminando em rajadas de vento sustentadas de 321 km/h.

Milton foi classificado como um furacão de categoria 5 — a mais poderosa —, embora sua força tenha oscilado.

Apesar de ter diminuído de intensidade na terça-feira antes de voltar à categoria 5, as autoridades alertaram que ele poderia dobrar de tamanho antes de atingir a Flórida nesta quarta-feira.

A previsão é de que o núcleo do furacão passe sobre o centro-oeste da Flórida, e haja uma grande maré de tempestade ao longo de uma faixa da costa do Estado antes de chegar em terra firme.

Em uma atualização na noite de terça-feira, o NHC informou que o furacão havia "oscilado" para o sul, levando os meteorologistas a alterar ligeiramente sua trajetória. Até mesmo as previsões mais precisas costumam apresentar um desvio de cerca de 100 km quando a tempestade está a 36 horas de distância, explicaram os meteorologistas.

Milton deve então atravessar a península antes de desembocar no Oceano Atlântico.

Os moradores da Flórida foram orientados a se preparar para o maior esforço de evacuação do Estado em anos, com o governador Ron DeSantis alertando que um "monstro" está a caminho.

A maioria dos condados declarou oficialmente estado de emergência — e evacuações foram ordenadas em toda a costa oeste da Flórida.

As autoridades de gerenciamento de desastres emitiram uma lista e um mapa das ordens de evacuação.

Vários abrigos de grande porte também foram preparados como último recurso para as pessoas desalojadas.

Os aeroportos que ficam na rota prevista do Milton anunciaram fechamentos, e foram observados engarrafamentos nas estradas à medida que as pessoas começavam a deixar suas casas.

Os furacões — às vezes, chamados de ciclones ou de tufões — são um tipo de tempestade tropical que se forma no Atlântico Norte. Eles trazem ventos fortes e chuvas intensas.

Quando o ar do oceano está quente e úmido, ele sobe e depois começa a esfriar — o que causa a formação de nuvens.

Às vezes, esse ar ascendente pode se deslocar no topo do furacão mais rápido do que pode ser substituído na superfície, fazendo com que a pressão na superfície caia.

A queda da pressão faz com que os ventos acelerem, com mais ar sendo puxado para dentro à medida que o furacão se fortalece.

A Agência Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (Noaa, na sigla em inglês) previu que a temporada de furacões de 2024 seria mais ativa do que o normal.

O aumento da temperatura média do nível do mar devido às mudanças climáticas causadas pelo ser humano foi parcialmente responsável, segundo eles.

Os furacões de categoria 5 são considerados "catastróficos" pela Noaa.

Eles têm ventos com velocidades superiores a 249 km/h — e podem causar "danos muito graves e extensos".

A agência governamental dos EUA pede que sejam realizadas "evacuações em massa" em áreas residenciais perto da costa, uma vez que um furacão de categoria 5 também pode provocar marés de tempestade com ondas de mais de 5 metros e destruir muitas casas.

Árvores e linhas de transmissão de energia elétrica também podem ser derrubadas, causando o isolamento de áreas residenciais e longos cortes de energia. O Noaa adverte que as áreas afetadas podem ficar inabitáveis ??por semanas ou meses.

Um banco de dados da Noaa mostra que pelo menos 40 tempestades no Atlântico alcançaram o status de categoria 5 desde 1924, embora apenas quatro tenham realmente chegado em terra com essa intensidade. A seguir, estão algumas das mais devastadoras:

Furacão Camille

O furacão Camille atingiu o Estado do Mississippi em 1969, provocando uma maré de tempestade com ondas de até 7 metros, causando grande destruição ao longo da costa.

Ele matou 259 pessoas, a maioria delas na Virgínia, e causou cerca de US$ 1,4 bilhão (R$ 7,75 bilhões) em prejuízos.

Furacão Andrew

O furacão Andrew dizimou o sul da Flórida em 1992, com ventos sustentados de até 265 km/h — e rajadas de até 280 km/h.

Ele causou 26 mortes diretas e foi responsabilizado por dezenas de outras mortes.

Depois de provocar danos da ordem de US$ 30 bilhões (R$ 166 bilhões), foi considerado o desastre natural mais caro da história dos EUA na época.

Furacão Michael

O furacão Michael atingiu a Flórida, em 2018, com ventos de 257 km/h — e foi a tempestade mais forte a atingir o Estado.

Pelo menos 74 mortes foram atribuídas à tempestade — sendo 59 nos EUA, e 15 na América Central.

Michael causou um prejuízo estimado de cerca de US$ 25,1 bilhões (R$ 138 bilhões).

Tempestades de categoria inferior

Milton surge menos de duas semanas depois de o furacão Helene ter atingido os EUA como uma tempestade de categoria 4, matando mais de 200 pessoas — e se tornando o furacão mais mortal a atingir o país desde o Katrina em 2005.

Fonte: correiobraziliense

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