O ex-presidente Evo Morales foi convocado a comparecer nesta quinta-feira (10) perante o Ministério Público boliviano pelo suposto abuso de uma menor em 2015, quando era presidente.
Morales recebeu a citação na terça-feira, no âmbito de uma investigação contra ele pelos crimes de "estupro, tráfico e contrabando de pessoas", confirmou o Ministério Público.
O ex-presidente (2006-2019) indicou nas últimas horas que "há instruções" do governo para prendê-lo em Tarija, embora não tenha confirmado se comparecerá à citação fiscal.
O ministro da Justiça, César Siles, esclareceu separadamente que "qualquer ordem de citação indica no seu texto que, em caso de não comparecimento, será emitido o mandado de apreensão", embora a Justiça tenha posteriormente revogado tal determinação.
O líder cocaleiro, de 64 anos, descreveu este e outros processos investigativos abertos recentemente contra ele como um "lawfare" (perseguição judicial) orquestrado pelo governo do presidente Luis Arce, ex-aliado e agora rival, para obter a candidatura do partido governante MAS nas eleições de agosto de 2025.
"O governo traidor desencadeou uma guerra judicial, a criminalização do protesto social e a perseguição da oposição política para tentar nos ilegalizar", acrescentou.
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