O embaixador israelense no Japão criticou neste domingo (13) os comentários do copresidente do grupo de sobreviventes de Hiroshima, vencedor do Prêmio Nobel da Paz, que comparou a devastação da bomba atômica com a atual situação em Gaza, alvo de uma ofensiva israelense em retaliação pelo ataque do Hamas.
O prestigiado prêmio foi concedido este ano para a organização Nihon Hidankyo, que reúne sobreviventes dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki em 1945.
O embaixador Gilad Cohen parabenizou a organização pelo prêmio em uma mensagem na rede X, mas disse que é "escandalosa e sem fundamentos" a comparação feita por um de seus líderes, Toshiyuki Mimaki.
"Foi dito que graças às armas nucleares, o mundo mantém a paz. Mas as armas nucleares podem ser usadas por terroristas", disse Mimaki após o anúncio do prêmio. "Por exemplo, se a Rússia as usar contra a Ucrânia, ou Israel contra Gaza, não terminará aí. Os políticos deveriam saber dessas coisas", insistiu.
"Em Gaza, [os pais] seguram crianças ensanguentadas nos braços. É como no Japão há 80 anos", declarou ele, com lágrimas nos olhos.
Cohen reagiu a estas palavras dizendo: "Gaza é governada pelo Hamas, uma organização terrorista assassina que comete um duplo crime de guerra: mirar em civis israelenses, incluindo mulheres e crianças, e usar a sua própria população como escudo humano".
"Estas comparações distorcem a história e desonram as vítimas" do ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em Gaza, continuou o embaixador israelense.
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