23 de Novembro de 2024

Haddad desmente rumores sobre teor de reunião entre Lula e banqueiros


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desmentiu na manhã desta segunda-feira (16/10) informações veiculadas pela imprensa sobre a reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para reduzir a dependência de estatais em relação ao orçamento federal.

Segundo Haddad, ao contrário do que foi noticiado, o encontro com a Febraban não incluirá discussões sobre tributação. "Se tem uma coisa que não está na agenda do presidente é essa questão com a Febraban", afirmou o ministro, explicando que a reunião foi solicitada pela própria Federação há algum tempo e visa debater cenários econômicos, sem uma pauta específica sobre impostos. "O tema é o mesmo que orientou outros encontros: fazer um balanço do que avançamos até aqui, as perspectivas e pontos de alerta", acrescentou, deixando claro que não há qualquer proposta de tributação em discussão.

Outra informação desmentida por Haddad foi a suposta retirada de estatais do teto de gastos fiscais. O ministro explicou que o governo está, na verdade, explorando maneiras de reduzir a dependência de algumas estatais do orçamento federal, incentivando que se tornem autossuficientes. "O objetivo da medida é exatamente o contrário. É fazer com que a estatal não dependa mais de recursos orçamentários", disse ele.

A proposta, segundo o chefe da Fazenda, não impacta o arcabouço fiscal e visa garantir que essas empresas públicas possam se sustentar sem a necessidade de aportes governamentais, o que teria sido mal interpretado em algumas notícias.

O ministro reforçou também a necessidade de esclarecer essas informações para evitar que boatos influenciem negativamente o mercado e os investidores. "É muito importante corrigir essas informações. As pessoas às vezes se movem por boatos e perdem recursos apostando em coisas que não vão acontecer", advertiu.

Ainda em relação ao arcabouço fiscal, Haddad reafirmou que o governo está comprometido em manter a disciplina fiscal e garantir a estabilidade econômica, enfatizando que a calibragem da evolução dos gastos públicos será fundamental para o crescimento sustentável do país.

Fonte: correiobraziliense

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