22 de Novembro de 2024

Entenda o surgimento de auroras boreais em lugares onde o fenômeno é raro


As auroras boreais estão cada vez mais presentes em lugares onde elas não eram tão habituais. A mudança se dá pelas tempestades solares — mais presentes e fortes este ano —, resultando no fenômeno em lugares mais ao sul do que o comum, iluminando o céu em tons de roxo, verde, azul e vermelho. Alemanha, Reino Unido, Nova Inglaterra, Nova Iorque, Portugal, Espanha, norte do México e França são alguns dos lugares que registraram o aparecimento de auroras boreais, surpreendendo observadores por conta da raridade do fenômeno nesses locais.

Nessa terça-feira (15/10), a Nasa (agência espacial norte-americana) e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) informaram que o Sol atingiu o máximo solar, período que pode continuar até 2025. O fenômeno ocorre a cada 11 anos, quando os polos magnéticos do Sol "trocam de lugar" — como se os polos Norte e Sul da Terra se invertessem —, fazendo com que a estrela passe de um estado calmo para ativo e tempestuoso.

“Durante o máximo solar, o número de manchas solares e, portanto, a quantidade de atividade solar, aumenta”, disse Jamie Favors, diretor do Programa de Clima Espacial da Nasa, em um artigo publicado no portal da agência. “Esse aumento na atividade fornece uma oportunidade emocionante para aprender sobre nossa estrela mais próxima, mas também causa efeitos reais na Terra e em todo o nosso sistema solar.”

Em maio deste ano, a NOAA emitiu um alerta raro de tempestade solar, considerada a mais forte nas últimas duas décadas — resultando em auroras boreais em diversos lugares no hemisfério norte. Ainda em maio, cientistas registraram a maior erupção do Sol.

De acordo com a Nasa, espera-se que, nos próximos meses, o surgimento de auroras boreais sejam mais frequentes em lugares ao redor do mundo onde o fenômeno é considerado raro.

A NOAA emitiu um alerta, informando que o fenômeno pode impactar diretamente na comunicação de rádios de alta frequência e interferir nos sinais de GPS e GNSS.

*Estagiário sob a supervisão de Ronayre Nunes

Fonte: correiobraziliense

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