Durante a viagem, o ministério deve realizar um anúncio para a área de financiamento climático, que ainda não foi detalhado pela pasta. Um dia antes da reunião ministerial, Haddad fará o discurso de abertura no jantar oficial do G20, que terá como tema principal os bancos multilaterais.
O ministro da Fazenda também vai participar de duas reuniões com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Uma será mais reservada, onde os representantes do grupo internacional vão tratar sobre as contas públicas no mundo inteiro, principalmente, entre as 20 nações mais ricas do globo.
Vale destacar que na última terça-feira (15), o FMI emitiu um comunicado no qual alertou que a dívida total de todos os países do mundo somados deve alcançar o patamar de R$ 100 trilhões até o fim deste ano. O fundo também projeta que em 2030, no ritmo atual, esse valor deve ser equivalente a 100% de todo o produto interno bruto (PIB) global.
Na agenda do ministro, um dos compromissos será uma reunião com representantes da agência de risco norte-americana Fitch Ratings. Haddad se encontrou recentemente com a mesma agência, na viagem a Nova York para a Assembleia-Geral da ONU. Na oportunidade, ele havia dito que o encontro foi positivo e que estava mais otimista, com uma possível revisão da nota de crédito do país em um futuro próximo.
Apesar disso, a mesma agência emitiu um comunicado dois dias após o encontro, no qual avaliou que não deve elevar a nota do Brasil em curto prazo. Mesmo citando o crescimento econômico acima do esperado, a Fitch considerou que ainda há dúvidas sobre a sustentabilidade das contas públicas no país que aprovou recentemente um novo marco fiscal.
Em um movimento oposto, a agência Moody’s, que também se reuniu com Haddad em Nova York, decidiu, poucos dias após o encontro, elevar a nota de crédito brasileira de Ba2 para Ba1, a um passo do grau de investimento — patamar que o ministro da Fazenda já admitiu que o governo deseja alcançar até 2026.
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