22 de Novembro de 2024

Parlamento de Israel aprova lei que proíbe agência de refugiados da ONU no país


A agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) condenou nesta segunda-feira (28) a aprovação por parte do Parlamento israelense de um projeto de lei que proíbe suas atividades em Israel e Jerusalém Oriental, classificando a medida como ultrajante.

"É um ultraje que um Estado-membro das Nações Unidas esteja trabalhando para desmantelar uma agência da ONU que é também o principal interveniente na operação humanitária em Gaza", disse à AFP Juliette Touma, porta-voz da UNRWA.

Israel bombardeou, nesta segunda-feira (28), o Líbano e a Faixa de Gaza, locais em que as tropas do país lutam contra os movimentos islamistas Hamas e Hezbollah, depois que o presidente do Egito, Abdel Fatah al Sissi, anunciou uma proposta de trégua de dois dias no território palestino.

Nem Israel nem o Hamas comentaram a proposta do presidente egípcio, mas, segundo um comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o governo debate um novo "plano de acordo" para a libertação dos reféns mantidos na Faixa de Gaza.

Este anúncio ocorre após o retorno do Catar de David Barnea, o chefe do Mossad — os serviços de inteligência exterior israelenses —, que se reuniu com o chefe da CIA, Bill Burns, e o primeiro-ministro do Catar para discutir um cessar-fogo no território palestino.

"Nos próximos dias, as negociações continuarão entre os mediadores e o Hamas para examinar a viabilidade das conversas e continuar tentando avançar para um acordo", indicou o gabinete de Netanyahu.

Egito, Catar e Estados Unidos são os países mediadores na guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, desencadeada após o ataque do movimento islamista em solo israelense em 7 de outubro de 2023.

Em um contexto de alta tensão regional, o Irã elevou o tom e ameaçou Israel com "consequências amargas inimagináveis" após os bombardeios realizados no sábado contra instalações militares da República Islâmica.

Pelo menos quatro soldados morreram devido aos bombardeios israelenses, segundo o Exército, e os meios de comunicação iranianos indicaram nesta segunda-feira que o ataque também matou um civil.

A pedido do Irã, que apoia o Hezbollah e o Hamas contra Israel, o Conselho de Segurança da ONU se reunirá nesta segunda-feira em caráter urgência, às 16h de Brasília, para tratar do Oriente Médio.

Fonte: correiobraziliense

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