As sirenes de ataque aéreo soaram em todo o país durante a noite, enquanto drones e mísseis russos eram lançados de várias localidades.
A Ucrânia já enfrentou muitos ataques desse tipo, mas este foi o maior ataque coordenado desde o início de setembro.
A Rússia lançou cerca de 120 mísseis e 90 drones em um "massivo ataque combinado a todas as regiões da Ucrânia", disse o presidente Volodymyr Zelensky.
Em uma postagem no Telegram, Zelensky afirmou que Moscou estava mirando na infraestrutura energética de seu país. Ele afirmou que algumas áreas já estão sem energia e afirmou que o trabalho para restaurá-la está em andamento.
O presidente ucraniano informou que as defesas aéreas da Ucrânia destruíram mais de 140 alvos. Em apoio ao país, a Polônia anunciou que acionou sua força aérea, destacando a mobilização de aeronaves polonesas defesa ao ataque.
No sul do país, a cidade de Mykolaiv foi uma das mais atingidas, com pelo menos duas pessoas mortas e várias feridas. Em Dnipropetrovsk, dois trabalhadores ferroviários foram mortos após ataques aéreos russos contra ferrovias.
Houve também a confirmação da morte de uma mulher idosa em Lviv, no oeste da Ucrânia. Ela estava dentro de seu carro no momento do ataque e foi morta pelos fragmentos de um foguete russo.
Mais ao sul, Odessa sofreu um apagão em toda a cidade.
E na capital, Kiev, fragmentos de mísseis e drones interceptados caíram em vários lugares, mas não houve relatos de feridos. A capital está entre as três regiões sofrendo com cortes de energia.
A maior empresa de energia privada da Ucrânia afirmou que os recentes ataques com mísseis e drones russos causaram "danos significativos" em suas plantas de energia térmica (instalações que geram eletricidade utilizando fontes de calor, como gás ou carvão), em um comunicado divulgado nesta manhã.
A DTEK informou que este foi o oitavo grande ataque às suas instalações de energia neste ano.
A empresa afirmou que suas plantas térmicas foram alvo de mais de 190 ataques desde o início da invasão em grande escala da Rússia, em fevereiro de 2022.
Autoridades ucranianas temem que ataques como o ocorrido nesta manhã possam marcar o início de mais uma ofensiva russa coordenada para desativar elementos-chave da rede elétrica, à medida que o inverno se aproxima.
O último grande ataque à infraestrutura energética ocorreu no final de agosto. Atualmente, a Ucrânia opera com cerca de um terço a metade de sua capacidade de geração de energia pré-2022. O número exato é oficialmente confidencial.
Fonte: correiobraziliense
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