Nesse domingo (17/11), celebrado o Dia Mundial da Prematuridade, serve de lembrete para a campanha do Novembro Roxo — mês dedicado à conscientização sobre a prematuridade —, que, neste ano, tem como tema "Cuidados maternos e neonatais de qualidade em todos os lugares". De acordo com dados do Governo Federal, no Brasil, 1 a cada 10 nascimentos acontece antes das 37 semanas de gestação, integrando a lista dos 10 países com maior número de partos prematuros no mundo.
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Na terça-feira (19/11), a Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps) realizará uma cerimônia sobre o tema deste ano. O evento será às 9h, encerrando às 12h, no Auditório Emílio Ribas, na sede do Ministério da Saúde, em Brasília, sendo transmitido no canal do Youtube do Datasus.
Muitos bebês prematuros acabam se desenvolvendo bem, mas o parto antes das 37 semanas pode resultar em diversas intercorrências ao recém nascido, por conta da imaturidade dos órgãos e sistemas. Segundo o Governo Federal, as principais complicações incluem dificuldades respiratórias, problemas cardíacos, gastrointestinais, de imunidade, oculares, auditivas e imaturidade no sistema nervoso central.
Um pré-natal de qualidade — proporcionado pela Atenção Primária à Saúde (APS) — com acompanhamento contínuo pela Estratégia Saúde da Família (ESF) e o encaminhamento aos especializados quando detectada uma gestação de risco, são fatores contribuintes para prevenção do parto prematuro, reduzindo a mortalidade infantil.
Rede Alyne
Em setembro, o Ministério da Saúde deu início a Rede Alyne, que tem como objetivo qualificar o cuidado materno-infantil e garantir atendimento integral às mulheres e recém-nascidos em todo o Brasil. A ação busca reduzir a mortalidade materna em 25%. O nome homenageia Alyne Pimentel — uma mulher carioca, preta e de origem humilde — que morreu grávida de seis meses por falta de assistência no município Belford Roxo - Rio de Janeiro, em 2002. O caso fez do Brasil o primeiro país no mundo a ser condenado em corte internacional por morte materna evitável, sendo violação de direitos humanos das mulheres a uma maternidade segura.
A Rede Alyne dá suporte aos estados, municípios e ao Distrito Federal, oferecendo recursos direcionados ao fortalecimento do pré-natal, o atendimento durante a internação e o acompanhamento no pós-alta, além de promover o melhoramento dos serviços de alto risco para gestantes e puérperas em situação de vulnerabilidade.
Por conta da prematuridade, os bebês podem apresentar problemas gastrointestinais e a falta de reflexos na sucção e deglutição. Receber o leite materno por via sondas se torna a única opção, pois o leite de uma mãe de um bebê prematuro é diferente de quem teve o parto com mais de 37 semanas — apesar de ambos serem adequados às necessidades da criança.
Quando a produção de leite materno da própria mãe é insuficiente — ou não apresentar a quantidade necessária de nutrientes —, recomenda-se recorrer ao Banco de Leite Humano (BLH) e, quando não for possível o oferecimento, à fórmulas artificiais.
A doação de leite materno é importante para o funcionamento desses bancos. Para doar, basta ser saudável e não tomar medicamentos que interfiram na amamentação. A substância passa por um processo rigoroso, que realiza a análise, pasteurização e controle de qualidade antes da distribuição.
Para a doação, o leite materno deve ser armazenado em frascos de vidro de boca larga e tampa de plástico, higienizados com água e sabão e fervidos por 15 minutos. A higienização da mama e das mãos, além da utilização de máscara sobre o nariz e boca, também são importantes para garantir a qualidade da substância.
Serviço:
Local: Auditório Emilio Ribas, Ministério da Saúde – Brasília
Data: 19 de novembro de 2024 (terça-feira)
Horário: das 9h às 12h
*Estagiário sob a supervisão de Luciana Corrêa
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