Médicos da Universidade Toho, no Japão, desenvolveram um modelo de previsão de inteligência artificial (IA) para determinar o risco de infertilidade masculina, sem necessidade de análise de sêmen. Segundo os pesquisadores, no futuro este poderá ser um método de rastreio usando apenas uma amostra de sangue.
Esse estudo utiliza ferramentas como exames hormonais colhidos em uma amostra de sangue para rastrear e identificar a infertilidade masculina. A principal aplicação clínica de um teste como esse, baseado em inteligência artificial, seria o uso como uma ferramenta inicial de triagem para identificar homens com maior risco de infertilidade. Esses já são testes utilizados hoje por especialistas na área de fertilidade, mas que, com a IA, poderiam ser facilmente aplicados por clínicos gerais, integrados ao histórico clínico e exames básicos. Isso ajudaria a selecionar os casos que realmente necessitam de uma investigação mais detalhada ou de um encaminhamento ao especialista. Esse profissional, então, faria uma análise mais aprofundada dos parâmetros utilizando, por exemplo, a análise de sêmen e exames físicos mais direcionados, que, usualmente, são mais complexos e dispendiosos.
Sim, acredito que essa ferramenta tem grande potencial para ampliar o acesso ao diagnóstico de infertilidade masculina, especialmente em regiões com menor infraestrutura médica. Ao integrar um exame simples e acessível como parte do check-up masculino, permitiria que qualquer médico ou profissional de saúde utilizasse esse teste para encaminhar os casos com real necessidade de seguimento mais especializado, incentivando os homens a monitorarem sua saúde reprodutiva de forma preventiva e mais precoce. No entanto, é importante ressaltar que essa abordagem seria uma forma de triagem e não substituiria os testes mais específicos, como o espermograma, nem a figura do médico especialista, fundamental para o diagnóstico e o aconselhamento do casal. O modelo com IA ainda precisará de validação adicional e ajustes para podermos compreender suas limitações e aplicá-lo na prática clínica com segurança e eficácia.
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