Os números revelam uma transformação no cenário financeiro brasileiro, marcada pela digitalização e pela maior eficiência nos pagamentos. Com 1.500 consumidores e 600 estabelecimentos comerciais entrevistados, a pesquisa analisou 11.023 transações, detalhando não apenas os meios de pagamento escolhidos, mas também as razões por trás das preferências, os valores movimentados e os tipos de bens ou serviços adquiridos.
Apesar da adesão massiva, o relatório expõe barreiras importantes. Cerca de 17,3% dos entrevistados afirmaram não ter usado o Pix nos últimos 12 meses. Entre as razões mais citadas estão a falta de conhecimento sobre como utilizar a ferramenta, dificuldades no acesso à internet e a preferência por métodos considerados mais rápidos.
A queda no uso de dinheiro físico no Brasil acompanha uma tendência global, mas também evidencia uma questão estrutural: o acesso desigual à internet. A popularidade do Pix, especialmente em áreas urbanas, contrasta com as dificuldades enfrentadas por populações em regiões mais remotas ou de baixa renda, onde a conectividade limitada ainda é uma barreira significativa.
Para enfrentar esses desafios, o Banco Central frisa que continua a investir em novas funcionalidades e produtos relacionados ao Pix. A expansão de ferramentas que permitam maior acessibilidade é vista como essencial para garantir que a digitalização dos pagamentos seja inclusiva e atenda a todas as camadas da sociedade.
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