O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa/B3) sentiu um duro golpe nesta quarta-feira (18/12). Sem sinais de alívio na pressão do mercado financeiro em torno do cenário fiscal brasileiro, a bolsa recuou 3,15%, aos 120.771 pontos, no menor patamar de fechamento desde o último dia 20 de junho. Também foi a maior queda diária desde o dia 10 de novembro de 2022.
O mercado ainda aguarda uma decisão sobre o pacote fiscal enviado pelo governo federal ao Congresso. governo confia na aprovação do pacote ainda este ano, como ressaltou o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, nesta quarta-feira.
“Estamos redobrando a confiança de que Câmara, Senado e Congresso Nacional estão fazendo tudo para concluir a votação desses três instrumentos que ajudam a consolidar o marco fiscal. Tanto a PEC, como o Projeto de Lei Complementar e o Projeto de Lei Ordinária”, disse oministro
Os investidores também ficaram mais receosos após a decisão do Federal Reserve (Fed) – Banco Central dos EUA – de reduzir a taxa de juros no país em 0,25% e indicar que para 2025 e 2026, a autoridade monetária deve reduzir o ritmo de cortes, com a possibilidade de novos aumentos neste percurso.
Diante disso, apenas três ações registraram alta nesta quarta-feira (18/12): Marfrig (MRFG3) subiu, com 1,81%, além de MRV (MRVE3), com 1,54%, e Santos Brasil (STBP3), com 0,54%. Todos os outros papeis fecharam no vermelho, com destaque para Magazine Luiza (MGLU3), que caiu 9,24% e CVC (CVCB3), que teve queda 17,65%.
O valor de mercado das empresas listadas na B3 caiu R$ 130,6 bilhões, e fecharam o dia em R$ 4,03 trilhões, ante R$ 4,16 trilhões registrados no dia anterior. A forte aversão ao risco refletiu em uma ampla liquidação de ativos, com apenas 68 das 322 companhias analisadas escapando das perdas.
Levantamento realizado pela Elos Ayta Consultoria mostra que as dez empresas com as maiores perdas acumularam juntas um recuo de R$ 63,0 bilhões, totalizando R$ 1,96 trilhão em valor de mercado, ante R$ 2,02 trilhões no dia anterior. Setores estratégicos, como o financeiro e o industrial, puxaram o movimento de queda.
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