O sucesso no uso do bambolê está atrelado a um tipo específico de formato de corpo, cuja inclinação e curvatura sejam adequadas, é o que aponta um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, publicado na semana passada.
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Utilizando minibambolês robóticos, matemáticos fizeram testes com diversos movimentos em corpos impressos em 3D. Os corpos, que representavam a figura humana em uma escala de um décimo do tamanho real, apresentavam diferentes formatos: cilíndricos, cônicos e em forma de ampulheta.
Para replicar o movimento que as pessoas fazem ao utilizar o objeto, as representações foram movimentadas por um motor. Os bambolês, com aproximadamente 15cm de diâmetro, foram lançados sobre as representações, que então executaram o movimento rotacional.
Os resultados do experimento mostraram que a forma como o bambolê é girado e o formato da seção transversal do corpo — seja ele redondo ou elíptico — não afetam a eficácia do movimento no bambolê.
Por outro lado, a equipe constatou a necessidade de um tipo específico de corpo que pudesse sustentar o arco elevado contra a gravidade durante um período prolongado. A forma ideal incluiria dois elementos: uma área inclinada, similar aos "quadris", que ofereça o ângulo certo para elevar o arco; e uma forma curvilínea, similar a uma "cintura", que assegure a estabilidade do arco.
Em outras palavras, em seres humanos, o bambolê tende a ser mais fácil de girar para aqueles que têm quadris inclinados e uma cintura curvilínea. Entretanto, nem todos têm a sorte de nascer com essas características corporais vantajosas.
Para elucidar os resultados, a equipe de pesquisa empregou modelagem matemática em seus experimentos, buscando desenvolver fórmulas e cálculos que possam ser utilizados para propósitos além dos testes realizados.
"À medida que avançávamos na pesquisa, percebemos que a matemática e a física envolvidas são muito sutis, e o conhecimento adquirido pode ser útil para inspirar inovações de engenharia, coletar energia de vibrações e melhorar posicionadores e movimentadores robóticos usados em processamento e fabricação industrial", afirmou Leif Ristroph, autor sênior do artigo.
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