22 de Fevereiro de 2025

Dólar fecha em queda, a R$ 6,03, com incertezas sobre Trump


No dia seguinte à posse de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos, o câmbio do dólar registrou leve queda de 0,18%, cotado a R$ 6,03. A queda acompanhou a desvalorização da moeda norte-americana, que foi ainda mais forte em outros países. O Índice DXY, que mede a força da divisa em relação às principais moedas do mundo, encerrou o pregão desta terça-feira (21/1) em forte queda de 1,17%.

A percepção de especialistas em relação a essa nova queda do dólar é de que o movimento se deve ao adiamento da decisão de Trump em elevar tarifas para produtos estrangeiros no país, consideradas protecionistas pelos economistas. Para o sócio e economista-chefe da Bluemetrix Asset, Renan Silva, a decisão de Trump de não implementar imediatamente as tarifas favoreceu um alívio momentâneo nos mercados internacionais, mas insuficiente para impactar o contexto brasileiro.

O especialista destaca a alta dos juros futuros no Brasil, ocasionada após um breve alívio no início da semana. “Os juros futuros fecharam em alta no Brasil. O foco repousa sobre as condições fiscais locais que continuam a preocupar o mercado. As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) subiram com os investidores reavaliando os prêmios na curva de juros”, avalia.

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Ainda na visão do economista, o adiamento das tarifas nos EUA sinalizou uma possível desaceleração na inflação americana, resultando em expectativas de juros estáveis no país, adicionando também ao ambiente de especulação em relação às taxas nos mercados brasileiros. “Com a ausência de avanços significativos no panorama fiscal nacional e um iminente recesso do Congresso até fevereiro, as taxas de juros futuras refletem um ajuste técnico na precificação do risco”, considera Silva.

A possível reintrodução de tarifas de importação também pode ter um alto potencial de afetar a dinâmica global do comércio e o mercado financeiro, na visão do analista da Ouro Preto Investimentos, Sidney Lima, além de ter implicações diretas na taxa de câmbio. “Se Trump reintroduzir tarifas significativas, como sugerido, o dólar tende a se fortalecer devido à expectativa de uma economia mais isolacionista e protecionista”, considera.

Apesar da queda do dólar no cenário internacional, as bolsas de valores nos Estados Unidos tiveram um dia muito positivo, com os três principais índices registrando forte alta. O Dow Jones, no fechamento, subiu 1,25%, aos 44 mil pontos. Já o S&P 500 e o índice Nasdaq registraram altas de 0,88% e 0,64%, respectivamente, no pregão diário.

No Brasil, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa/B3) também fechou no azul após operar durante boa parte do dia no positivo. Nesta terça-feira (21/1), a bolsa brasileira registrou alta de 0,39%, aos 123.338 pontos, com destaque para as ações de grandes bancos e das varejistas, que lideraram as movimentações do dia. As ações do Banco do Brasil (BBAS3) subiram 0,9%, enquanto que Ambev (ABEV3) e Magazine (MGLU3) Luiza tiveram altas de 1,81% e 0,82%, respectivamente.

Por outro lado, os papeis da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR4) tiveram um dia mais fraco. As ações da petrolífera operaram no negativo ao longo desta terça-feira (21) e fecharam em leve alta de 0,03%. Já os ativos da Vale tiveram novo dia de queda, desta vez de 0,5%, apesar da valorização do minério de ferro na China.

Fonte: correiobraziliense

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