O dólar comercial recuou pelo terceiro dia consecutivo, apesar da expectativa de alta pelo “Efeito Trump”. Nesta quarta-feira, o câmbio atingiu o menor patamar desde o dia 27 de novembro, ou seja, antes de o governo federal ter apresentado o pacote de medidas para fortalecer o arcabouço fiscal, mas que contou com alguns “jabutis” no texto, como a isenção de IR para rendas de até R$ 5 mil e o fim de supersalários.
Ao final do dia, o dólar recuou forte, em 1,41%, e encerrou o pregão cotado a R$ 5,94. Durante a tarde, a divisa chegou a atingir a mínima de R$ 5,91, mas voltou a ganhar força no final. Desde o início do mês, a moeda norte-americana acumula queda de 3,77%, em meio a um noticiário doméstico mais esvaziado, além de incertezas no cenário externo, como nos Estados Unidos.
Na visão de especialistas, o adiamento das decisões relacionadas a aumento de tarifa nos EUA, que deve ficar para fevereiro, diminui a pressão sobre o mercado, além de descomprimir o dólar em relação a outras moedas. “Uma belíssima oportunidade para os investidores brasileiros dolarizarem, em um momento de fortalecimento do real e enfraquecimento do dólar, o que deve trazer grandes oportunidades para todos nós”, avalia
Para o economista-chefe e sócio da APCE, André Perfeito, ainda é muito cedo para ficar otimista com o real, além de o mercado considerar seriamente que o patamar de R$ 6 deve ser o novo “ponto de gravidade” do câmbio.
“Não é possível dizer que o real está ganhando força sozinho. Contudo, se acumulam evidências que o real pode estar sendo valorizado pelos efeitos cumulativos da taxa Selic em alta. Dito de outra forma, a Selic em alta está fazendo, via quantitativo, o que poderia ser feito via qualitativo (uma retórica mais em linha com o mercado)”, considera o especialista.
Já o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa/B3) fechou em queda de 0,3%, aos 122.971 pontos, nesta quarta-feira (22/1), com as principais ações da bolsa oscilando ao longo do dia. Os papeis da Vale (VALE3) fecharam em queda de 2,52%, enquanto que os do Banco do Brasil (BBAS3) subiram 1,83% ao final do pregão.
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