O Boletim dos Cientistas Atômicos divulgou, nesta terça-feira (28/1), que faltam 89 segundos para que o "relógio do juízo final" marque meia-noite. A última atualização havia sido em 2024, que marcava 90 segundos para o fim do dia. O mecanismo é uma metáfora e um lembrete dos perigos que a humanidade deve enfrentar. A lógica é: quanto mais perto da meia-noite estiverem os ponteiros, mais próximo estará também o fim do mundo.
A última atualização no acerto do relógio levou em conta múltiplas ameaças, incluindo a proliferação de armas nucleares, a inteligência artificial, os atuais conflitos globais, ameaças biológicas e a contínua crise climática.
Quando o "relógio do juízo final" foi criado, em 1947, o maior perigo para a humanidade era as armas nucleares, especialmente porque os Estados Unidos e a União Soviética estavam caminhando para uma corrida armamentista nuclear.
O Boletim dos Cientistas Atômicos considerou possíveis impactos catastróficos da mudança climática pela primeira vez em 2007. Ao todo, os ponteiros dos minutos do relógio foram atualizados 25 vezes desde a estreia em 1947.
O Boletim dos Cientistas Atômicos frisa que é tarefa dos líderes e das nações trabalharem juntos na crença de que ameaças comuns exigem ação comum. As três principais potências do mundo — Estados Unidos, China e Rússia — devem iniciar um diálogo sério sobre cada uma das ameaças globais.
"Nos níveis mais altos, esses três países precisam assumir a responsabilidade pelo perigo existencial que o mundo enfrenta agora. Eles têm a capacidade de tirar o mundo da beira da catástrofe. Eles devem fazer isso com clareza e coragem, e sem demora", diz o boletim.
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