23 de Fevereiro de 2025

Mais três reféns israelenses são liberados pelo Hamas


Mais três reféns israelenses foram liberados neste sábado (1/2) pelo grupo terrorista Hamas como parte da quarta operação de troca de reféns por detentos palestinos desde o início do acordo de trégua na Faixa de Gaza

Segundo o exército de Israel, já estão em território israelense os libertados Yarden Bibas (35 anos) e o franco-israelense Ofer Kalderon (54). Ele foram sequestrados em 7 de outubro de 2023.  Também foi divulgado a liberação do israelense-americano Keith Siegel, 65 anos, que até então estava preso com o grupo Hamas.

Israel deve libertar 183 detentos, segundo o Clube de Prisioneiros Palestinos, mais que o dobro dos 90 inicialmente anunciados. Os primeiros prisioneiros chegaram ao meio-dia (hora local) a Beitunia, na Cisjordânia ocupada. O grupo foi liberado da prisão militar israelense de Ofer. 

Reféns são libertados pelo Hamas:

O israelense Yarden Bibas é pai dos dois reféns mais jovens sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 durante o ataque surpresa contra o território israelense: Kfir e Ariel, que tinham, respectivamente, oito meses e meio e quatro anos.

O pai da família foi libertado sem a esposa Shiri, de origem argentina, nem os dois filhos. Não foi possível determinar o paradeiro dos três e as crianças são os últimos menores de idade que permanecem em cativeiro em Gaza.  

O Hamas afirmou em novembro de 2023 que a mãe e as crianças morreram em um bombardeio israelense, mas o Exército do país não confirmou a informação e muitas pessoas mantêm a esperança de que os três continuam vivos.

A família foi sequestrada no kibutz Nir Oz e, desde então, as duas crianças se tornaram o símbolo do sofrimento dos reféns em Gaza.

O anúncio provocou "emoções confusas" entre os parentes de Bibas. "Shiri e as crianças ainda não voltaram", afirmou a família no Instagram.

A libertação coincide com a chegada a Israel do ministro das Relações Exteriores da Argentina, Gerardo Werthein, que deve se reunir com as famílias dos nove argentino-israelenses que continuam sequestrados em Gaza.

No dia do ataque, que terminou com 1.210 mortos, a maioria civis, segundo dados oficiai, o Hamas sequestrou 251 pessoas. Do grupo, 76 continuam em cativeiro, mas o Exército israelense considera que 34 estão mortos.

Desde o início da trégua em 19 de janeiro, o Hamas libertou 18 reféns — 13 israelenses e cinco tailandeses — em troca de quase 400 palestinos detidos em prisões israelenses, incluindo muitos menores de idade e mulheres.

Após 484 dias de cativeiro, o Foro das Famílias de Reféns celebrou as novas libertações, que chamou de "raio de luz em meio à escuridão".

Ofer Kalderon também foi sequestrado no kibutz Nir Oz ao lado de Erez e Sahar, seu filho e sua filha, que na época tinham 12 e 16 anos, respectivamente. Os dois adolescentes foram libertados durante a primeira trégua, em novembro de 2023.

O acordo de trégua prevê o retorno, em uma primeira fase de seis semanas, de 33 reféns, oito deles mortos, e a libertação de quase 1.900 palestinos.

Durante este período, também é necessário negociar um acordo sobre a implementação da próxima etapa do cessar-fogo, que pretende acabar de maneira definitiva com a guerra iniciada em outubro de 2023 e concluir a libertação dos reféns que continuam vivos.

Uma fonte do governo israelense afirmou que as negociações para a próxima etapa serão retomadas na segunda-feira (3).

O acordo prevê uma terceira fase, com a reconstrução do território palestino e a devolução dos corpos dos demais sequestrados.

Também neste sábado, 50 pacientes foram transportados de Gaza pela passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, no extremo sul do território palestino, aberta pela primeira vez desde maio de 2024, informou o Ministério da Saúde do governo do Hamas. 

A abertura da passagem é parte do acordo de trégua entre Israel e Hamas. O médico Mohamed Zaqut, diretor geral do ministério, disse que quase 6.000 pessoas estavam prontas para uma transferência e que 12.000 precisam de tratamento urgente.

A ofensiva israelense destruiu o território e provocou as mortes de pelo menos 47.460 pessoas, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo da Hamas, que a ONU considera confiáveis.

*Com informações da AFP

Fonte: correiobraziliense

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