22 de Fevereiro de 2025

Evolução humana envolve mudanças anatômicas ao longo de milhões de anos


Um modelo digital do esqueleto de Lucy, apelido do primeiro fóssil de um Australopithecus afarensis, revelou que o ancestral humano mais antigo que se tem notícia era capaz de correr. Ainda que vagarosamente. Estudos anteriores sobre as pegadas fossilizadas do Australopithecus sugeriram que a espécie de Lucy provavelmente andava relativamente ereta e muito mais como um humano do que como um chimpanzé.

Ferramenta pode ajudar a medir microplásticos liberados por vestimentas

'Aristóteles não é simplesmente o filósofo mais importante, mas o ser humano mais importante que já viveu

Agora, os cientistas liderados pela Universidade de Liverpool, na Inglaterra, demonstram que o formato geral do corpo do primata podia correr, mas de forma limitada, apoiando a hipótese de que o corpo humano evoluiu para melhorar o desempenho na corrida. 

Um modelo digital do esqueleto de Lucy, apelido do primeiro fóssil de um Australopithecus afarensis, revelou que o ancestral humano mais antigo que se tem notícia era capaz de correr. Ainda que vagarosamente. A constatação foi publicada na revista Current Biology. 

Ereta

Segundo Karl Bates, professor de Biologia Musculoesquelética e líder do estudo, ao simular o desempenho de corrida do Australopithecus e compará-lo ao de humanos modernos, foi possível abordar questões sobre a evolução da corrida nos ancestrais do Homo sapiens.

"Por décadas, os cientistas debateram se a capacidade de caminhada mais econômica ou o desempenho de corrida aprimorado foi o principal fator que impulsionou a evolução de muitas das características distintamente humanas, como pernas mais longas e braços mais curtos, ossos das pernas mais fortes e nossos pés arqueados. Ao ilustrar como o Australopithecus andou e correu, começamos a responder a essas perguntas", acredita o cientista. 

Tanto nos modelos do Australopithecus quanto dos humanos, a equipe executou várias simulações, nas quais características consideradas importantes para a corrida do homem moderno, como músculos maiores nas pernas e um longo tendão de Aquiles, foram adicionadas e removidas. Isso reproduziu digitalmente eventos evolutivos para os cientistas verificarem como eles impactam a velocidade do deslocamento e o uso de energia.

As simulações revelam que, embora Lucy fosse capaz de correr ereta em ambas as pernas, suas velocidades máximas eram significativamente mais lentas do que as dos humanos modernos. Na verdade, o máximo que alcançava era 18km/h. Isso é muito menos do que os velocistas humanos de elite atingem (38km/h).

 "Nossos resultados destacam a importância da anatomia muscular e das proporções corporais no desenvolvimento da capacidade de corrida. A força esquelética não parece ter sido um fator limitante, mas as mudanças evolutivas nos músculos e tendões desempenharam um papel importante no aumento da velocidade e economia da corrida", conclui Bates.

 

Fonte: correiobraziliense

Participe do nosso grupo no whatsapp clicando nesse link

Participe do nosso canal no telegram clicando nesse link

Assine nossa newsletter
Publicidade - OTZAds
Whats

Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatísticas sobre a sua utilização.